domingo, 29 de maio de 2016

De volta à realidade!

Como eu escrevi nos dois ultimos posts e era um assunto um tanto recorrente por aqui, enfim voltei ao trabalho. 
Quando o nosso bebê nasce, sempre vem na nossa mente como vamos fazer para deixar aquele serzinho tão pequeno e dependente em casa/creche e voltar ao trabalho. 
A volta da licença maternidade já estava me agoniando desde quando o Joaquim fez dois meses de vida. Foram quase sete meses grudados e apesar de saber que ele seria muito bem cuidado pelo pai, sofria só de pensar em deixa-lo. À amamentação era algo que me tirava o sono, não conseguia pensar em dar fórmula e também não queria tirar leite e deixar estocado. Decidi em começar a introdução alimentar com cinco meses e assim adaptar ele ao período em que eu estivesse fora, a ficar sem mamar e assim não precisar de outro leite ou que eu precisasse deixar. Deu certo! Dou mama pela manhã e depois no final da tarde quando eu chego. 
Quando chegou o dia, me senti culpada por estar curtindo me arrumar e voltar a ser alguém além de mãe (não que isso seja ruim mas cada mulher se sente brm de alguma forma, eu queria voltar ao trabalho e fim) mas aprendi que nós devemos nos permitir sempre a ser aquilo que quisermos e nossos filhos estarão felizes se assim nós estivermos também. Passei o dia no trabalho, foram sete horas no total e quando cheguei em casa, ele estava dormindo e eu pude tomar banho e ficar sentada do lado dele esperando ele acordar para mamar! 
No terceiro dia tive um curso na Vila Mariana e sai as seis e meia da manhã de casa e ele não mamou, voltei depois de quase oito horas fora e ainda assim deu tudo certo, ele ficou super bem, comeu e mamou quando eu cheguei! 
Faz uma semana que voltei ao trabalho e todo aquele temor que eu sentia em relação ao que poderia acontecer e como o Joaquim se adaptaria, foram embora. Deu tudo certo mas acredito que para isso acontecer da forma como foi, a organização contou muito. Me preparei psicologicamente para a volta, trabalhei isso a licença maternidade inteira. E também mãe de segunda viagem tem a noção que mesmo que seja difícil no final da tudo certo!
Organizei a rotina para que a mesma fosse compatível com o que viveríamos e o Joaquim estava adaptado a isso também. Fora que mesmo durante a licença, eu sempre ia em algum lugar e ele ficava com o pai, ou seja, jáestava  acostumado a ficar com o pai e também a minha ausência mesmo que esporadicamente. 
À alimentação também foi um fator importante para que meu peito se adaptasse aos horários e não ficasse cheio em momentos que eu não estivesse em casa e para que o Joaquim já estivesse totalmente adaptado e não desse "trabalho" para comer e assim eu ter que planejar uma nova estratégia as pressas! Quando voltei ao trabalho, o Joaquim já estava fazendo todas as refeições do dia!
A parte boa é que todos nós estamos bem, o papai ainda esta se adaptando a ficar sozinho sem mim, o Joaquim exige muito atenção e acabamos focando só nele e não da pra fazer mais nada durante o dia e isso às vezes é um problema. Tirando o fato de que o Joquim não dorme muito durante o dia.
Fiquei muito mais tranquila depois que percebi que toda a minha preocupação foi em vão e pude me dedicar a volta ao trabalho e ainda assim continuar a curtir a minha cria e amamentar!  

                                        Com um dia de vida ❤️




Beijos

terça-feira, 17 de maio de 2016

Carta para o Joaquim

Joaquim, 


Meu amor estamos prestes a viver novos momentos e é algo que mudara muito a sua pequena vida. Antes disso acontecer me peguei lembrando cada momento que vivi ao te esperar chegar, quando te descobri dentro do meu ventre e de como foi uma sensação gostosa de saber que novamente gerava amor. Quando descobri que estava grávida senti um mix de sentimentos, muita felicidade, amor e também medo. O medo veio quando me lembrei que nós estávamos planejando uma viagem que poderia mudar completamente nossa vida, nossas estruturas e incertezas não são boas quando estamos grávida mas independente de qualquer coisa me senti feliz. Ao longo da gestação só conseguia pensar como você seria e imaginava seu rosto, seu riso, seu choro e sua manias. Com você aprendi a ir atrás do meus sonhos, a lutar pelo que queria e me firmar como a verdadeira mulher que sempre fui. Precisei entender meu corpo, os seus sinais e lidar com a dor. Tive que ser paciente, esperar o seu tempo, meu corpo era seu templo e a decisão de sair era só sua e assim foi. Lutei, briguei, debati, bati de frente e não foi fácil. Ouvi tantas besteiras ao longo da minha gestação e ainda assim aprendi a filtrar o que era bom e a deixar ir embora o que era ruim. 
Você decidiu chegar depois da data provável do parto, me deixou aflita com a demora e depois me deixou calma com o trabalho de parto que ao meu ver evoluiu bem, saudável e ao tempo necessário. Fiz uma playlist de musicas para tocar enquanto estivesse em trabalho de parto, são as musicas que eu mais adoro ouvir, elas me trazem uma sensação tão gostosa. Quando vim ao blog anunciar a minha segunda gravidez, utilizei um texto que escrevi no dia que descobri o positivo e usei a letra da musica Anunciação e foi ao som dessa mesma musica que você chegou na minha vida, numa manhã de domingo, após um trabalho de parto suado. Foi um dos dias mais felizes da minha vida. 
Amamentar sempre foi mais uma das coisas que desejei muito que desse certo. E novamente tivemos que percorrer um caminho para que tudo fluísse da melhor forma possível! Amamento você desde sua primeira hora de vida e são momentos de muita cumplicidade entre nós dois. 
Me adaptar ao meu novo bebê não foi fácil, sofri inúmeras vezes quando não conseguia me dividir em duas para fazer tudo por você e por seu irmão. Ser mãe de dois não é fácil mas é indescritível a sensação boa que sinto ao ver vocês dois interagindo, brincando, conversando, rindo ou apenas próximos. Foram meses intensos e de muito amor entre nós dois, adoro como você percebe a minha presença no ambiente e abre o maior sorriso quando me vê, adoro ver o seu sorriso e a carinha sapeca quando te dou vários beijinhos no pescoço, adoro ver a sua felicidade quando vê o Biel chegar pertinho de você e o seu olhar de apaixonado pelo papai. É muito amor, um amor que as vezes dói e acaba transbordando. Joaquim obrigada por cada momento, cada aprendizado e que daqui para frente continuaremos a aprender e evoluir mais. Que essa nova etapa seja o mais tranquila possível. 
Mamãe te ama MUITO!










segunda-feira, 16 de maio de 2016

Seis meses de Joaquim!




Chegamos aos seis meses, um grande marco na vida dos pequenos, afinal muitas coisas mudam e parece que eles desenvolvem mais ainda! Esse mês estou um pouco atrasada mas antes tarde do que nunca. 

Na consulta de seis meses que fizemos alguns dias antes estava pesando 6,800 kg e medindo 68 cm. 

As refeições estão sendo feitas nos horários iguais aos nossos. Ao acordar mama, no meio da manhã uma fruta, almoço, fruta da tarde, mama, jantar e mama para dormir. Está comendo pedacinhos e não nega nenhuma comida! 

Já esta sentado bem firme, ja vira para os lados e quase não balança. Esta ensaiando para engatinhar. 

Não dorme mais no berço, reformamos o quarto e tanto o Joaquim como o Gabriel estão dormindo no colchão no chão. É o método montessoriano, ainda não esta pronto mas logo fica completo. De qualquer forma o Joaquim ama ficar  lá, fica próximo do irmão, da caixa com os brinquedos e a Mia não sai de lá também. Ele adora o espaço e reclama quando quer ir pra lá. 

Dorme a noite inteira e raramente acorda de madrugada choramingando. Não fica a madrugada toda no peito, tinha muito medo disso acontecer! Continua mamando no peito em livre demanda mas acaba seguindo um mesmo horário.

Odeia ficar preso seja no colo, sentado na cadeira de alimentação, no carrinho quando está parado, naqueles chiqueirinhos, sabe? Ele vê aquilo e já começa a resmungar e chorar! 

Caiu da cama pela primeira vez, foi um susto mas ficou tudo bem! Ficou um galo roxo na hora mas colocamos gelo e logo sumiu. 

Esta muito simpático e risonho. Ama brincar com o Gabriel e é apaixonado na mamãe e no papai. Se ele nos ver e nós não falamos com ele, reflama, chora, faz uns barulhos com a boca como se tivesse chamando a gente. 

Não curte muito ficar quieto no carro, fica bravo é bem diferente do Gabriel que era só entrar no carro que parava de chorar e na maioria das vezes dormia. 

É um bebê que exige muita a nossa atenção, não gosta de ficar sozinho, sempre quer compania quando esta brincando. Sim é normal isso mas o Gabriel não era assim, era um bebê que ficava sentado na cadeira e brincava sozinho, não exigia muita atenção, era bem mais tranquilo em relação a isso! 

Como passou rapido esses seis meses né? 
Beijos :)




domingo, 15 de maio de 2016

O que vou fazer na minha licença maternidade?

Toda experiencia pode ser vivida de formas diferentes, mesmo as duas acontecendo nas mesmas circunstancias, elas podem ter desfechos completamente opostos ao que nós imaginamos. Tirei licença maternidade na gestação do Gabriel e nós viajamos, passeamos e foi bem intensa. O Gabriel era um bebê muito tranquilo e sempre muito adaptável a qualquer circunstancia. 
Segundo filho já traz em sua bagagem a situação de não ser o único ser dentro de casa que depende dos pais, ou seja, a nossa rotina pré estabelecida fica muito louca e até tudo se normalizar é tenso. Roupa, bagunça, banho, comida, atenção, tudo isso em dobro, levou um certo tempo para que me adaptasse a vida de dois filhos mas acredito que em dois meses as coisas entraram no eixo. 
Quando estava no final da gestação e próxima da licença maternidade só conseguia pensar em quanto tempo ficaria em casa só curtindo meu filhotinho. São seis meses de licença mais um de férias, são muitos dias e seria intenso e faríamos tantas coisas. Mas tinha noção do trabalho que era cuidar de um bebê, afinal licença não é férias, apesar de ter ouvido isso de algumas pessoas, mas como a licença do Gabriel aproveitei bastante, achei que tudo seria igual.
A minha licença maternidade foi extremamente tranquila e aproveitei cada segundinho grudada no meu filho, amamentei muito, dei muito colo, tirei muitas fotos, dormi junto, enfim, aproveitei a maternidade exclusivamente em minha vida enquanto pude. Mas acreditava que sairia muito mais, que faria viagens e estudaria para alguns cursos e certificações que preciso tirar. E nem preciso dizer que mal tive tempo para nada. Foram sete meses em casa, mal saia no portão e mal tirava o meu pijama. Comecei a frequentar uma academia desde os dois meses do Joaquim, são três vezes por semana e esse era meu máximo de sair de casa.
Não me arrependo de não ter feito mais coisas mas gostaria de ter mais tempo para fazer. Tive alguns receios de sair por conta dos surtos de gripe h1n1, vacinas que o Joaquim ainda não havia tomado também e outras milhares de coisas que foram influenciando. Com ele maiorzinho talvez teria mais coragem para fazer algumas coisas.
Dentro de casa tive a super sorte de poder dividir o dia a dia com o Bruno, o que me ajudou a não pirar de ficar sozinha, fora a minha família que também sempre está presente no nosso dia a dia. Mas ainda assim foram dias de ciclos eternos, limpar casa, lavar roupa, arrumar bagunça, fazer comida, lavar louça e isso não tem fim, NUNCA. Nós dois revezamos, enquanto o Bruno varria, eu amamentava, enquanto eu estendia a roupa, ele ficava com o Joaquim no colo, enquanto ele arrumava o quarto, eu dava banho no Gabriel e por ai vai. É muito trabalho, muito intenso e cansativo. Mas já sinto saudades de tudo isso e ainda assim sinto saudades de poder me dedicar a algo que não seja apenas eles e sim a mim mesma, poder me cuidar, ser a Marina mãe para ser a Marina mulher, sabe? É um sensação que eu também tive quando o acabou a licença do Gabriel, eu amo estar com os dois e ta doendo muito o meu coração, o Joaquim mama no peito e sei que vou sofrer no começo mas sei que essa sensação vai passar. 
Faltam exatos dois dias para o meu retorno ao trabalho e tenho uma mistura de sensações dentro de mim, busco focar no que é positivo, o Joaquim vai ter o privilégio de ficar alguns meses a mais com o papai em casa, já que nós não colocamos ele no berçário ainda, tenho a tranquilidade de trabalhar na mesma cidade que moro e ser mais fácil de atender a qualquer emergência, o meu horário de trabalho me permite sair e chegar em bons momentos e que se adequam a rotina do Joaquim e o mais importante é que nós somos adaptáveis ao meio que vivemos e tenho certeza que vamos nos adaptar, talvez muito mais rápido do que eu mesma imagino. 
Desde quando o Joaquim completou dois meses de vida penso em como será o meu retorno, esse dia me atormentou durante toda a minha licença maternidade, em muitos momentos pensei que não aguentaria, algumas pessoas perguntam e outras já jogam na minha cara "como eu consigo ou tenho coragem de voltar ao trabalho com um bebê pequeno em casa", não me incomoda a curiosidade das pessoas em saber como faço mas percebo aquele julgamento por trás desse questionamento e digo que a necessidade faz isso conosco, não me arrependo e não me culpo por trabalhar. O meu amor, minha dedicação e a qualidade de vida que eu posso propor aos meus filhos fala mais alto do que qualquer pessoa que possa vir a me julgar.
De qualquer forma percebo que o tempo realmente não nos perdoa e voa. Os dias passaram numa velocidade indescritível, o Joaquim já completou seis meses de vida e nós estamos voltando para a realidade. Sorte para nós!