segunda-feira, 26 de maio de 2014

"A maternidade e o encontro com a própria sombra"

Um belo dia olhando alguns blogs por aí, encontrei a dica de um livro, não marquei o nome mas me marcou a capa. Era preta, tinha um bebê, haha. Passado um tempo encontrei uma outra recomendação do livro, me interessei e estava mesmo procurando algo legal para ler. O livro se chama "A maternidade e o encontro com a própria sombra"- Laura Gutman. É aquele tipo de livro que eu pensei: "poxa podia ter lido antes de ter tido o Gabriel!"
Para quem não conhece a Laura Gutman é uma psicóloga argentina, especializada em amamentação e no atendimento a crianças e casais. “Militante” da criação por apego, é fundadora da Escola Capacitação Crianza, onde atende mães e bebês e promove cursos para profissionais da saúde e doulas.
O livro fala a respeito de uma série de coisas, faz o tipo "do que é certo e errado" mas diferente, acredito que seja o livro que mais conseguiu demonstrar com clareza uma série de duvidas que eu tinha. Se você também acha que o seu bebê tem vontades e que elas devem ser respeitadas é um ótimo guia para entender os pequenos. Sempre fui total a favor da criação com apego, gostava de dar colo, largava tudo que estivesse fazendo para ficar com o bebê e respeito muito os quererês do Gabriel. Tudo tem sim limites mas acredito que também deve haver respeito a individualidade e necessidades de cada um.  O livro fala sobre gravidez, de parto, de amamentação, de comportamentos e doenças infantis, do papel dos homens, do prazer das crianças (e da nossa reação a ele), de limites e comunicação, de sono, de violência, mãe que trabalha fora.
Muitas coisas escritas nele doem, por me fazerem lembrar de uma série de coisas que eu fiz/faço e é claro como um bom livro que dá aquela ajudinha não precisa ser seguido a risca porque nem tudo que deu certo para mim, vai dar certo para você. Mas é uma leitura que eu super recomendo, é tipo pegar conselhos com a sua avó, só que com uma mente muito ampla e totalmente voltada para a perspectiva da criança do que é melhor para ela e muitas vezes nada "aceitavel" para os pais e sociedade. 
Este livro me ajudou muito em uma série de situações que estavam acontecendo aqui em casa, como birras, noites de sono totalmente mal dormidas, paciência que tive que procurar! Se você é mãe e como eu adora ler sobre maternidade, vai adorar ;)


Postei essa foto lá no nosso instagram @nossavidacomgabriel, segue lá ;)

Beijos ;)




segunda-feira, 12 de maio de 2014

Dodoi de novo!

O Gabriel nasceu e nós fomos apresenteados a U.T.I neonatal. Nunca havia entrado em uma e jamais imaginei que iria conhecer justamente no dia do nascimento do meu filho. Quando eu fui conhecer o Gabriel (após o nascimento nos vimos nove horas depois), eu chorei fazendo carinho na incubadora, chorei por instantes até uma enfermeira nos chamar de canto e dizer que dentro da U.T.I e perto do nosso filho não chorar e sim sorrir. Pode parecer complicado mas o bebê absorve o que você sente e chorar de tristeza não ia fazer nada bem para ele, não chorei nunca mais perto dele. Porém nunca tive tempo de viver a dor e a tristeza em relação aquela situação toda. No dia dezoito de agosto de 2012, exatos 15 dias após o seu nascimento, um sabádo ensolarado, viemos enfim para nossa casa. Como mãe de primeira viagem, tudo parecia dificil demais mas ao mesmo tempo meu instinto me guiava. 


Primeira vez que nos vimos após o nascimento.


Após sete meses juntos, voltei ao trabalho e o Gabriel foi para a escola. A vaga dele na escola demorou um mês mais o menos para sair, após uma semana de aula fomos parar na emergência do hospital, o Gabriel pela primeira vez após a saida da U.T.I precisou tomar remédio (antibiotico). Eu me senti uma péssima mãe, conseguimos cuidar dele com a ajuda da minha avó. Uma semana após o término do remédio, estavamos novamente na emergência do hospital, o Gabriel estava com uma tosse chata e nariz escorrendo. A médica de plantão receitou xarope para tosse e antitérmico caso tivesse febre. Nessa mesma semana voltei ao hospital mais três vezes, nesta terceira e ultima vez finalmente alguém solicitou exames, raio-x, urina e sangue (esse porque insisti muito, pois ele não estava comendo). Ela ja havia dado alta mesmo sem os exames, porém eu havia pedido para dar soro na veia dele, estavamos apenas esperando acabar. A mesma médica que nos deu alta, voltou desesperada cancelando a mesma e nos informando que o Gabriel estava com uma forte infecção e pneumonia. Resumindo foram 11 dias no hospital, dentro deles, 9 com oxigenação constante, 5 tomando o Tamiflu (ele contraiu gripe suina). Faziam dois meses que havia voltado de licença maternidade, não havia a possibilidade de ficar os onze dias ao lado do meu pequeno bebezinho de oito meses. 

Internado aos oito meses!


Após a alta do hospital, o Gabriel ficava doente a cada vez que era liberado a volta a escola. Ficava um mês em casa e uma semana na escola, já estava doente e no antibiotico. Após a solicitação do pediatra, o Gabriel ficou em casa 6 semanas e mais as férias do meio do ano. Dois meses e meio em casa e enfim o Gabriel conseguiu se manter uns 4 meses sem precisar de antibiotico. O maximo qua acontecia era o nariz escorrer um pouquinho. Em dezembro de 2013, o Gabriel teve roseola e garganta inflamada. Entrou novamente em férias e no final de janeiro as aulas voltaram. O Gabriel mais uma vez doente. De lá para cá o Gabriel já ficou doente umas cinco ou seis vezes, um periodo de 3 meses. Cada dia que passa fica mais e mais frequente. Nós já tentamos varias formas de melhorar toda essa situação. O pediatra do Gabriel sempre foi o Dr. Carlos, particular e eu confio demais na palavra dele, mas os gastos com consulta mais os medicamentos estava inviavel. Mudamos para o Dr. Fernando, o remédio homeopático para nós não fez o efeito esperado, tratamento é lento. 

Inalação quase sempre...

No hospital, com febre!

Enfim, chegamos ao Dr. Paulo que cuidou de mim e da minha irmã, o unico que conseguiu enfim 'curar' a minha irmã e livrar a vida dela de tanto antibiotico. Nossa primeira consulta com ele o Gabriel estava tomando o antibiotico pois estava com a garganta inflamada, com diagnostico de refluxo leve e ferro abaixo do normal. A imunidade do Gabriel é baixa e assim ele esta sempre vulneravel. Nossa primeira consulta com o Dr. Paulo foi no dia 29 de abril, o antibiotico terminou no dia 6 de maio. Hoje fomos ao consultório sem marcar, sem nada, correndo, pois o Gabriel esta com uma tosse horrivel, nariz escorrendo, cansado, forçando a respiração e sem apetite. O diagnostico hoje foi bronquite, faringite e gripe. Nós fizemos alguns exames esse final de semana, para ver se ele tem algum tipo de alergia especifica. Nós deveriamos dar para o Gabriel a vacina da gripe mas não podemos, ele deve estar 100%. Estou com ele em casa de molho por três dias, temos que fazer inalação varias vezes ao dia, temos que tomar cuidado para não piorar toda a situãção. Vamos fazer um tratamento por seis meses para aumentar a imunidade do Gabriel, um remédio carérrimo. 



A minha cabeça, a cada vez que ele fica doente, fica uma loucura! Cada vez que paro para pensar o quanto a saude fragil dele o faz sofrer, deixa ele sem dormir, deixa ele sem apetite, irritado. Essa quantidade gigantesca de remédios que ele toma. A escola é um fator que contribui quase que totalmente para toda a situação. As vezes me pego pensando o quão culpada sou. Me pego pensando no que afinal devo fazer... Morro de medo do Gabriel morrer, não vou negar que cada vez que ele fica doente e faz força para respirar eu me lembro dos dias lá na U.T.I, dele entubado e forçando a respiração. Cada dia que passa vou buscando forças nem sei mais onde, o medo é quase constante e vai ficando cada vez mais dificil não se entregar ao sofrer. Nós temos que ser forte na frente do nosso filho mas as vezes é quase impossivel. Ta foda, ta dificil, ta de enlouquecer...mas vou levando como posso...




domingo, 11 de maio de 2014

Dia das mães!?

Nosso terceiro dia das mães (o primeiro na barriga). Este ano ganhei uma linda surpresa e foi uma delicia! O papai acordou primeiro, fez um café da manhã, comprou presentes (dia das mães e aniversário), enfim sou a mãe da casa, é uma sensação bem engraçada... Sempre senti que havia nascido para ser mãe. Não é facil, é cansativo, abrimos mão de certas coisas, o caos as vezes acontece, mas no final de tudo você se sente realizada e sortuda. Acredito que ser mãe é a melhor experiência de vida, é se doar a um pequeno ser de corpo e alma, sem nada em troca. Mudanças acontecem desde a concepção, o corpo muda, o psicológico muda, a vida muda e com tudo isso você cresce, amadurece e enfim se torna outra pessoa. É como se uma parte do nosso coração estivesse batendo fora do corpo, andando por aí e acredito que nunca essa sensação vai passar apenas se intensificar. 

Meu café da manhã surpresa!

De qualquer forma durante o dia algumas pessoas colocaram textos lindos homenageando suas mães, durante a semana alguns blogs falaram a respeito da data e acabei moldando a minha opinião, não podia deixar de registra-la aqui!
Na escola do Gabriel não temos o dia das mães, nem dia dos pais e sim o dia da família. Na minha mais sincera opinião, não gosto disso, queria tanto ver ele lá fazendo gracinha só para me agradar, dar bilhetinho e tirar uma foto de recordação. Mas parando para pensar racionalmente, a ideia da escola é legal, afinal, nem todos tem a mesma base familiar, as vezes a familia não é composta por mãe, pai e filho(s). Vivemos em um mundo capitalista, sabemos que somos totalmente induzidos ao consumo e não presentear nossa mãe ou não ser presenteada é caracterizado como algo ruim. Mas ao mesmo tempo não me vejo passando o dia das mães sem comemorar, afinal, é um dia e tanto... Mas, afinal, o dia das mães é só no segundo domingo de maio? Só neste dia devemos escrever lindos textos, colocar fotos em nossas redes sociais, dedicar o dia a ela e comprar um lindo presente? Mãe é mãe todos os dias. Durante este mês um video rodou muito a minha timeline do facebook e é incrivel!


Sou realizada como mãe, amo estar e me doar. Mas em uma visão mais fria da situação... Me chamou muita a atenção durante o dia alguns textos feministas. Esses textos são um tanto quanto radicais ao meu ver, porém tem seus fundos de verdade. A mulher que pariu, amamentou e muitas vezes, se não for em todas as vezes abdica de liberdade. Na sociedade a mulher quando engravida é a unica que tem total responsabilidade pelo ser ali gerado, anulando totalmente a responsabilidade do homem na situação. O homem que abre mão da paternidade não é julgado, apenas (em alguns casos) cobrado em questões financeiras. A mulher não tem o direito de abdicar, não tem autonomia sobre seu corpo (sim, estou falando em aborto). A maternidade por muitas vezes anula a mulher como ativa e pensante na sociedade. A mulher esta sempre no comando de tudo enquanto a sociedade aceita um pai omisso. Muitas vezes a culpa do homem omisso com sua paternidade é fruto de uma maternagem machista, a sociedade coloca para as mulheres que o homem é incapaz quando o assunto são filhos. É totalmente aceitavel um pai relapso com educação e afazeres do dia a dia mas vai uma mulher por mais cansada que esteja (trabalhando fora de casa, vivendo o caos que é o seu dia a dia, pensando no jantar que deve fazer e etc...) deixar de lado educação, cuidados e afazeres. O julgamento é instantâneo. Muitas coisas devem mudar na nossa sociedade... A maternagem ativa deve ter o apoio do pai que deve ser tão ativo e autonômo como a mãe. Por mais 'pães' no mundo! Não basta querer homenagear a mulher neste dia e esquecer disso no restante do ano e tratar a mãe mal e menosprezar. A criança e o adolescente aprendem no dia a dia com exemplos... Por um futuro diferente!
Fica abaixo o texto que me fez repensar algumas coisas (O texto é um tanto agressivo mas foi ele que me fez refletir) : 

"Não é sobre as crianças. É sobre o fardo que a sociedade machista coloca sobre a mulher e tenta enfeitar isso de todas as formas como um privilégio, um dom, uma fonte de felicidade e completude. É sobre a adoção que a mulher se vê obrigada a fazer da outra metade abandonada pelo genitor da criança. É sobre a gravidez indesejada que é levada adiante sem direito a escolha.É sobre a exploração de filhos adolescentes e adultos sobre a mulher que lhes reproduziu no útero. É sobre a hipocrisia dos mesmos de achar que pode recompensar trabalho escravo com presentes em um domingo mercantil, enquanto todos os dias do ano tratam a mulher que os pariu como mucama, como aquela que vai cozinhar pra eles, que vai cobrir a exploração capitalista que sofrem, que vai arrumar sua bagunça e garantir suas roupas limpas, que vai mais tarde ajudar a criar o filhos num regime eterno de escravidão.É sobre a pessoa que não tem vida própria mas que tem que parar tudo para se dedicar à humanidade.É sobre o senso que os filhos têm de que ela é obrigada a servi-los. É sobre o pouco caso e cobrança que fazem com o acômodo do pai. É sobre como tentam enfeitar essa escravidão de todas as formas possíveis para não problematizar o sofrimento que é, a privação de liberdade. Para que os privilégios e confortos de muitos não sejam denunciados e revisados. O melhor presente que você pode dar à sua mãe é deixa-la finalmente livre. Já passou da hora. E, não, ela não é uma mucama que vai receber presentinhos e lembrancinhas em troca de todo serviço de eterna assistente que ela te faz. Não tente delimitar um valor para seus serviços, ela não é e nem deve ser sua empregada." (texto retirado do facebook, autora Kelli Alexandre) 

O dia das mães é todo dia, sem finais de semana, feriados ou férias. Vamos valorizar a mãe e vamos incentivar a paternidade ativa. Sou muito grata de ter ao meu lado o Bruno que é um grande pai, companheiro e sempre me apoia em todos os sentidos. Obrigada por se moldar e mudar junto comigo. Desde quando nos tornamos pais, mudamos e crescemos muito. Sou totalmente grata a isto. Feliz dia das mães todos os dias :) 

faltou a Mia!




Beijos ;)
 

quarta-feira, 7 de maio de 2014

Sobre fraldas e muito dinheiro!

O quesito fralda descartável na vida do bebê é um item indispensavel, certo? Pois bem, quando o Gabriel nasceu teve o privilégio de usar as lindas fraldas descartáveis que ganhou no chá de bebê (abençoado seja o chá).  Nós ganhamos fraldas suficiente para exatos um ano de vida do Gabriel (isso porque eu abria mão de certos pacotes de fralda, de marcas diversas, para testar e ver qual era melhor). Quando o Gabriel fez um ano já usava fralda XG, ou seja, mesmo as fraldas que ainda restavam do chá de bebê não conseguíamos mais usar. Essa questão do tamanho da fralda também é meio difícil, as fraldas descartáveis são parecidas com as roupas, cada marca tem uma confecção e tamanho diferente, sem contar que o bebê cresce rápido de mais e as vezes nem tanto, uma loucura! 

Daí que cada mês que passa tudo esta muito mais caro e o preço das fraldas estão de chorar, de rezar pelo desfralde, de querer que o bebê já nasça sabendo usar o vaso sanitário. Como nós usamos o vale alimentação para fazer despesa, até que não pesava tanto (na verdade pesa, porque usamos o dinheiro da alimentação com fraldas e depois gastamos dinheiro com comida, economia burra, eu sei!). 
Esse mês foi difícil achar fraldas que de fato estivessem com um bom preço, gosto muito da Turma da Mônica Huggies Conforto dia e noite (verde agua escuro), ela sempre segurou super bem o xixi do Gabriel e a Pampers Total Confort é boa mas prefiro a Mônica e o preço é o mesmo para as duas. 
Eai que fui fazer despesa e achei os preços tão absurdos que acabei não levando nada e fui me virando com o que ainda tinha em casa e esperando uma boa promoção nos mercados... No fim surgiu uma boa promoção no site baby.com.br e namorei bastante as fraldas e valores, comprei e não chegaram ainda...e aí as fraldas que tinha em casa acabaram e tive que sair correndo para o mercado comprar um pacote de fraldas! Ou seja acabei gastando mais do que era preciso... Fiquei muito frustrada mas cheia de fraldas hahahaha

Refletindo sobre essa situação toda que passei e imagino que muitas outros pais passaram, comecei a pensar novamente nas atitudes diferente que poderia tomar com um outro filho. A questão da fralda descartável é que além de sempre muito cara, você já parou para pensar em quantas fraldas o bebê usa até o seu desfralde? O quanto isso prejudica o nosso meio ambiente? É uma questão bem sensata essa, afinal, nós pais queremos o melhor futuro para nossos filhos mas eaí quando você se vê nessa situação, nunca pensou em fazer diferente? Pois bem, eu pensei, o que será que pode ser melhor do que a fralda descartável? Sinceramente a idéia de voltar a usar fralda de pano nunca se passou pela minha cabeça, sempre acreditei que isso era coisa de doido ou de quem não tinha condição de ter a fralda descartável. 
Quando eu nasci em 1992, minha mãe usava fraldas de pano e acredito que não era muito fácil. Mas por incrível que pareça, existe a fralda de pano moderna...




A fralda de pano moderna é a versão evoluída das antigas calças plasticas. É obvio que a praticidade da fralda descartável é totalmente tentadora e só de pensar em mais roupas para lavar, chega dar 'gastura'...
Mas pesquisando por aí, descobri com um pouquinho de planejamento dá para enquadrar as tais fraldas modernas. A fralda é feita de um tecido externo que são apaixonantes, uma estampa mais linda que a outra (além de sustentável teremos um bebê estiloso). Duas camadas de um tecido impermeável evitando assim o vasamento da fralda e o 'recheio' que é colocado em uma espécie de bolso que tem dentro da fralda (mais o menos igual ao absorvente). Esse recheio pode ser de vários tipos de absorventes, entre eles de flanela, malha, e microfibra (a fralda Cremer também pode ser usada como recheio). O dry-fit para dias quentes. Uma das coisas que me fazem escolher a fralda da Turma da Mônica é poque ela segura bem o xixi do Gabriel, então fiquei bem apreensiva em relação as fraldas de pano mas a quantidade de xixis que podem fazer a fralda vazar, não depende da fralda e sim da potência e quantidade de recheios colocados. Uma flanela dura no máximo 3 horas, uma cremer sozinha também. Uma cremer +flanela pode durar até 8 horas. Duas cremers podem durar a noite toda. A Flanela não é quente por ser um tecido 100% fibra natural. Ela tem tramas que fazem respirar, isso por si só já é muito mais fresco que uma fralda descartável. 
como colocar o 'recheio'

As fraldas de pano modernas geralmente são tamanho único, ou seja, elas vão crescendo junto com seu bebê, elas geralmente têm botões de pressão ou velcro que vão se ajustando ao tamanho do seu bebê. E tem mais um atrativo Sendo bem cuidadas e lavadas de acordo com as instruções do fabricante elas podem durar anos! Tudo vai depender do uso e da lavagem. Mas geralmente o bebê utiliza e ainda passa adiante para o irmão. 



Acredito que  parte mais chata é a de lavar as fraldas, certo? Existem algumas dicas de como fazer no dia a dia, para ser um pouco mais pratico (retirei este trecho do blog Projeto de Mãe):

"Como lavar?
Fraldas de xixi podem ser armazenadas em um balde seco (de preferência com tampa). Assim, você junta todas as fraldas de um dia para colocar de uma vez só na máquina de lavar.
Outra opção é ir lavando uma por uma, conforme o uso, com as mãos. A alternativa é boa para quem não tem muitas fraldas. De tal forma, você lava uma, torce e já pendura para secar e em breve poder usar de novo.
O cocô eu confesso que achei que seria algo mega complicado. No entanto, o segredo é não deixar secar, logo retirar o excesso e enxaguar a fralda. Mesmo os mais líquidos saem fácil e eventuais manchas são resolvidas deixando a fralda exposta ao sol (faça o teste com manchas de cocô e comprove, eu também não acreditava nisso!).
Algumas observações:

- Os tecidos usados na fabricação das fraldas de pano vêm com uma goma impermeável que pode resultar em vazamentos nas primeiras utilizações. Contudo, em aproximadamente 5 lavagens a goma é totalmente removida.
- O segredo da lavagem é usar pouco ou nenhum sabão, jamais usar alvejante ou amaciante.
- Produtos também indicados para a lavagem: detergente, sabão de coco e sabão biodegradável.
- Caso queira deixar as fraldas de molho utilize apenas água e troque-a diariamente."
A ideia as vezes me parece de 'procurar sarna para se coçar' mas acredito que vale a pena testar e se der certo vai ser ótimo (principalmente para o bolso) e se não der, valida será a experiência. 
Fazendo cálculos básicos: 
*Se seu bebê usa 8 fraldas por dia, é recomendado ter 20 fraldas para que haja tempo suficiente para lavar, secar e ter a próxima muda prontinha para ser reutilizada.

Em um mês utilizamos em média umas 130/140 fraldas e gastamos em um pacote com 56 fraldas R$62,00 (já comprei um pacote com 136 fraldas por R$100,00 no sam's club). Fazemos cerca de 4 trocas de fraldas no dia (claro que depende do dia e o Gabriel vai para creche e aí mandamos para lá 4 fraldas para o dia que geralmente não voltam e de manhã usamos uma, quando ele chega da escola usa mais uma ou duas fraldas, um total de 6/7 fraldas no dia). Lembrando que a fralda é descartável. Em média no mês gastamos R$166,00. Em nove meses já gastamos R$1.494,00 em fraldas. Lembrando que até um ano nós usamos as fraldas que ganhamos no chá de bebê. Mas se nós tivessemos comprado desde quando ele nasceu, gastando esse mesmo valor por mês, já teriamos gasto R$3.486,00.

A loja Nós e o Davi é nacional. As estampas são lindas, elas são também levam um recheio dentro (pocket). Custo médio R$35,00. Se o bebê só vai usar fraldas de pano, uma média de 20 fraldas. E teremos que adquirir os recheios, na loja eles vendem flanela de 4 camadas (em média R$5,00) mas nada te impede de usar fraldas de pano (ex: Cremer).
Quantidade: 20 ( Custo R$700,00 em fralda/ R$125,00 em absorventes de flanela de 4 camadas)
Total R$825,00

E existe uma opção de fraldas modernas (mais modernas haha), são da loja Dipano. Aqui temos a possibilidade de adquirir as fraldas já com 2 absorventes de microfibra com três camadas de absorção, o que ajuda um tanto em varias trocas do dia. Os absorventes podem ser sados juntos o separados conforme a necessidade de absorção. São fraldas confeccionadas com material especifico, tecido impermeável possibilitando o 'respira bumbum'. O preço dela é um pouco salgado (mas vale o investimento ou pode até pensar nelas só para sair). Cada uma em média R$ 45,00. 



A loja tem vários pacotes promocionais que incluem fraldas com proteção noturna melhor, saquinhos impermeáveis e absorventes, vale a pena conferir!




Quantidade de fraldas: 20 (Custo R$900,00 em fralda/ R$88,00 em 4 absorventes extra)


Total R$988,00 




Podemos até levar em consideração o uso de agua e sabão mas acredito que mesma assim o custo seja menor. É uma boa opção e estudo muito utilizar no próximo filho já que o Gabriel daqui a pouco vai desfraldar. 

Beijos ;) 
  







domingo, 4 de maio de 2014

Sobre o que não disse...

Mudei muito ao longo dessa minha jornada como mãe. Nessa minha longa caminhada até aqui já tive muitas opiniões, principalmente sobre o que era melhor ou não para nós. Já defendi muito o parto que escolhi, a amamentação que por conta propria resolvi parar, sobre a rotina, sobre a vida que levei e a que atualmente tento levar... A minha forma de encarar a vida mudou! 
Quando digo que espero que meu próximo filho nasça em casa, em um parto natural humanizado, sem intervenções, é dificil para quem está a minha volta digerir e aceitar, é quase instantâneo a pessoa dizer que sou louca ou que é algo muito primitivo. Mas entendo, afinal, já tive o mesmo pensamento, já tive as mesmas reações. Para mim a cesarea era a revolução e solução do mundo. A tecnologia esta aqui para mudar e melhorar a nossa vida. Mas algumas situações acontecem na nossa vida para simplesmente mostrar que tudo tem dois lados! Depois que o Gabriel nasceu, demorou muito para que tivesse uma visão diferente da situação e depois que realmente compreendi a tudo que fui exposta, a tudo que deixei de viver e a todo risco que coloquei meu bebê, foi dificil aceitar. 
Depois que nós assistimos ao filme O renascimento do parto, foi um dispertar, um estalo, como se tudo então fizesse de fato sentido, nós (eu e o Bruno), ficamos de fato estasiados...Aquelas evidências e estatisticas que eu já desconfiava e enfim se confirmaram. Caímos em uma desnecesárea, fomos manipulados pelo sistema! O empoderamento foi de fato alí... Quando eu digo as minhas opiniões sobre esse assunto algumas pessoas me olham, me julgam alí e as vezes parece que leio o pensamento delas: "Nossa mas quem é você para defender isso agora? você fez a cesárea!" "Aí, quanta hipocrisia!", "Isso é voltar para a era das cavernas" Quando eu consegui perceber o quanto eu fui influênciada pelo ambiente a minha volta, chorei, sofri... muito mesmo... As pouquissimas experiências que eu tinha como exemplos de partos eram todos cesáreas e o unico de parto normal era o tal "parto normal hospitalar frank" acredito que daí surgiu o medo do parto normal... Quando comecei a pesquisar e me aprofundar sobre o assunto, me apaixonei e hoje busco um VBAC (Vaginal Birth After Cesarean). Uma breve explicação sobre: VBAC é muito mais do que parto vaginal após cesárea!
É uma chance de auto superação, de provar que nosso corpo é perfeito, que nossos filhos podem nascer através dele, literalmente! É se doar integralmente ao filho, em todas as dores e amores, deixando a natureza vencer a tecnocracia das cesáreas assépticas. Não é por quê não foi possível parir uma vez que não será nas próximas. Toda mulher merece ser informada, acolhida e apoiada para lutar pelo seu VBAC. A luta é grande pois alguns médicos ainda acreditam no velho jargão "uma vez cesárea, sempre cesárea". É necessário um médico que apóie, um ambiente favorável (sem pressão para a cesárea e com possibilidade de um TP ativo), e muito carinho e suporte (de uma doula, uma amiga, um "maridoulo", um aparteira, etc) para conseguir.Por isso em VBAC o "V" significa "parto vitorioso" após uma, duas, três cesáreas. 
Não é segredo para ninguém o quanto eu quero um segundo filho, hoje a primeira coisa que vem cabeça é a forma como ele chegará ao mundo. Me doí muito não poder voltar no tempo e fazer tudo diferente em relação ao nascimento do Gabriel mas ao mesmo tempo sou grata por tudo que essa experiência me proporcionou. A vida é uma escola e nos ensina muito. Quando descobri os beneficios do parto normal hmanizado, comecei a dizer a todos, queria compartilhar o que aprendi, queria dizer para o mundo (principalmente para as gravidas que conhecia) o quanto aquilo era magnifico...não deu muito certo porque dei de frente com mulheres iguaizinhas a Marina de antes, aquela que foi levada pelo sistema, aprendi mais uma vez, essa experiência e esse querer é só meu, não posso querer influenciar ninguém... Aprendi que as informações estão disponiveis mas só quem quer aprender vai busca-las. Mas isso não quer dizer que quem escolhe outro tipo de parto será uma péssima mãe, essa é a minha escolha, apenas isso... Essa é a minha busca... Enfim resolvi criar uma nova série de posts a respeito deste assunto! Aguardem novas postagens...


Pintura: Amanda Greavette


Beijos ;)