domingo, 31 de maio de 2015

Sobre o amor e a saudade


Quando nós tomamos decisões na vida temos que assumir a consequências delas. Quando eu e o Bruno decidimos que ele iria para o EUA, tentar mais uma vez ver se a nossa vida se encaixaria por lá, muitas coisas não tinham acontecido e a principal era a gravidez. Não estava no nosso plano um novo filho principalmente naquele momento tão crucial. Depois que eu e ele descobrimos a gravidez os planos tiveram que ser reajustados. E depois que ele estava lá mais uma vez foram reajustados e durante as minhas férias eu estive por lá e novamente tudo foi se reajustando. A gente vai dançando conforme a musica. O mais interessante de tudo isso é como o tempo está passando. Ontem mesmo eu e ele compramos a passagem e um mês e meio depois descobrimos a gravidez. E foi um dia muito intenso aquele e eu senti um medo, um frio na barriga (que se mantem aqui até hoje). O dia que o Bruno partiu foi muito dolorido e eu chorei muito e foi difícil demais. Dormir sozinha, cuidar do Gabriel sozinha. Não chorar na frente do Gabriel. Ser forte e firme. A decisão foi nossa, temos que seguir a vida. Assim esta sendo. É incrível como tive que me reinventar e como isso é difícil. Como eu dependo fisicamente do Bruno para tudo fluir na minha vida. A presença dele é essencial para mim. Estou tendo que reaprender a viver. Por mais que logo em breve estaremos juntos, a minha vida não pode parar, mas parou. Eu não sei lidar com a minha companhia. Sim, tenho o Gabriel. Mas em alguns momentos não basta isso. A nossa família não esta completa e unida. Ainda bem que tenho minha família, a Tainá que tá sempre junto (madrinha boa). 
Quando eu começo a pensar nas coisas que eu e ele discutíamos e hoje sinto falta. Falta dele. Mesmo quando ele não estava mas sabendo que ao final do dia ele chegaria e nós dois dormiríamos juntos. Só a presença dele aqui mesmo dormindo, me confortava. Sem ele tudo é muito vazio. Não me levem a mal mas ele é meu melhor amigo, companheiro e por mais que tivéssemos momentos irritados um com o outro, como qualquer casal ou qualquer pessoa que mora sob o mesmo teto, era a melhor companhia do mundo. Abraçar ele todo dia (ainda bem que o Gabriel aprendeu a dar abraço e é igual ao dele). Alguns dias são mais difíceis. Outros são mais tranquilos. Dessa vez esta sendo mais difícil a distancia, eu sinto muito mais do que o próprio Gabriel, no inicio ele foi muito mais forte do que eu. Acho que ele sabia que tinha que ser forte por mim (deveria ser ao contrario). Ultimamente ele tem pedido mais pra falar com o papai, mas ele sabe que é pelo celular (santo face time = imo). Ainda bem que no final estaremos juntos novamente e que alguns sacrifícios tem que ser feitos para colhermos coisas boas mais para frente. E graças a Deus o amor é a base dessa família linda que eu  e ele formamos. E juntos somos fortes! Não é preciso dizer mas amo demais o Bruno e os dois presentes mais lindos que eu já ganhei na vida. 


quarta-feira, 27 de maio de 2015

Um registro

Preciso escrever sobre tantas coisas que mal sei por onde começar. Muitas e muitas coisas aconteceram, mesmo antes da descobri a segunda gravidez mas sei lá, a minha vontade de escrever sobre qualquer coisa era nula. Hoje resolvi escrever um pouco, por incrível que pareça não estou angustiada, nem ansiosa, apenas com vontade de registrar algumas coisas legais que aconteceram por aqui...
Bom, não sei exatamente por onde começar mas o papai foi viajar e eu fiquei com o Gabriel por aqui e vou dizer que: mães solteiras merecem um super mega premio, porque não é fácil! Que difícil cuidar de uma criança "sozinha" (tenho a minha família que ajuda muito maaaaaas). Com a gravidez ainda, parece mais difícil e acredito que realmente seja.  A nossa rotina obteve algumas alterações e uma delas é que agora nós fazemos as principais refeições na casa da vovó porque eu não gosto de comer sozinha e a quantidade de comida que eu faço sempre estraga, porque é demais para um e meio, né. Eu gosto porque é uma forma de quando eu chego do trabalho ter "menos" trabalho com o Gabriel, a minha irmã da banho nele na hora que ele chega da escola, nós jantamos na minha mãe e voltamos para casa. Ele se diverte com o vovô e eu posso ficar um pouco sentada no sofá descansando. Mas não vejo a hora da minha rotina voltar. Quem diria que eu teria saudades da minha rotina super cansativa, mas da muita saudades sim. Mas uma coisa aprendi com essa situação de estar sozinha com o Gabriel e estar gravida e demandar todos os cuidados: parei de neurose com a minha casa. Pensa numa pessoa irritada porque sempre tinha alguma coisa pra limpar, organizar ou fazer na casa e somado a tudo isso tinha o Gabriel que esta constantemente desorganizando o pouco que esta organizado. Perdia total o humor e tinha muitas brigas com o Bruno, por estar irritada e perder a paciência por qualquer motivo. Enfim, aprendi a largar tudo, desencanar, afinal não tem como dar conta de tudo sozinha, faço o que esta ao meu alcance mas não me mato mais. Até acho que a gravidez esta muito boa, porque depois daquele comecinho enjoada que a gente só que dormir eternamente (e comer também hahaha), estou super disposta, conseguindo dar conta de quase tudo. Espero me manter assim até o final, vou fazer o possível. A unica coisa que esta começando a me incomodar é pega-lo no colo, nossa parece que é o maior esforço da vida, estou evitando o máximo que posso mas tem vezes que é inevitável, tipo na hora de tirar do banho ou na hora de colocar ou tirar do berço (sim, ainda no berço mas em breve teremos novidades...), da uns puxo na barriga e nas costas. Basicamente nossa vida esta um pouco monótona porque não fazemos muitas coisas, esse mês de maio estive de férias então tenho algumas coisas para escrever mas farei por etapas. Por hora é isso...
Beijos