segunda-feira, 28 de março de 2016

Volta ao trabalho

Calma, ainda não chegamos no fim da licença maternidade mas logo estaremos lá... Sou muito ansiosa e estou mais ainda com a volta ao trabalho e tudo que isso significa. Não existe outra opção para mim e ainda que seja difícil a volta, ela é necessária.

O Gabriel foi para a creche aos sete meses de vida, mamava mamadeira, comia de tudo e eu me sentia mais tranquila. Obviamente sofri demais com a volta ao trabalho, sentia tanta saudades do meu bebê mas a vida seguiu sem muito sofrimento e ainda que ele existisse, a minha maior preocupação era a distância e não acompanhar tudo que fosse a repeito do desenvolvimento e crescimento do meu filho.

A minha vida como mãe de segunda viagem é tão diferente do que eu imaginava, sempre acreditei que fosse ser tudo mais simples e estava completamente enganada. Desde a gravidez, toda essa experiência vem sendo completamente diferente e ultimamente algo que vem me tirando o sono é a volta da licença maternidade e como será o dia a dia do Joaquim sem mim. 
Ele vai ficar em casa com o pai até pelo menos agosto, isso já é uma vantagem em relação ao Gabriel, afinal é uma tortura você não saber como está sendo o dia do seu filho na creche, principalmente quando a mesma é municipal e não aquela particular que tem câmera vinte e quatro horas, hahaha


Não é justo da minha parte fazer comparações entre os meus dois filhos porém é inevitável e mesmo a diferença de idade entre eles seja pouca (três anos e três meses), muitas coisas mudaram. 

O Joaquim mama no peito e isso torna tudo muito diferente do que foi com o Gabriel, quem amamenta deve conseguir me compreender, afinal eu alimento meu bebê com meu seio e ninguém mais pode fazer isso por mim ou por ele. Meu horário de trabalho e de intervalo não comporta que eu tire leite no ambiente de trabalho e mesmo trabalhando razoavelmente perto do casa, dependo de transporte publico e isso me impede de chegar rápido em casa e amamentar no almoço e depois voltar para casa, mesmo porque tenho quinze minutos de intervalo e trabalho durante seis horas mas levando o tempo de deslocamento, ficarei em torno de sete á oito horas fora de casa. 
Sou muito encanada como mãe de segunda viagem, achei que encararia as coisas com mais leveza e não foi o que aconteceu, talvez por ter tomado um pouco mais de consciência sobre uma série de coisas e por muito receio dos julgamentos alheios também fazem com que eu me sinta sempre brigando contra tudo para fazer as coisas como manda o manual. 
O parto foi uma busca e uma realização, foi incrível e faria tudo de novo. Não houveram cobranças ou medo de julgamentos, eu queria muito viver aquele momento. A amamentação também foi algo que eu almejei e quis muito fazer. Mas acontece que a amamentação exclusiva até os seis meses é inviável para mim, vai ser um choque grande começar a introdução alimentar junto com a minha ausência e levando em consideração que a introdução alimentar é mais complemento ao aleitamento e após um período ela se torna principal na vida dos pequenos. Adaptar o meu peito a não encher durante o expediente para que eu não comece a vazar durante o trabalho. Adaptar o Joaquim a qualquer coisa que não seja o bico do peito. Fora o cansaço da rotina, trabalhando fora, cuidando de dois, sem ajudante para fazer a faxina pesada, roupa para lavar, comida para fazer e enfim, ainda que as tarefas sejam divididas por aqui, é muito cansativo. E eu sinceramente não estou disposta a tudo isso. 

Por hora, iniciamos a introdução alimentar no dia vinte e um de março, Joaquim tem quatro meses e meio, optamos por começar por suco para que o Joaquim se adapte ao sabor e a qualquer coisa que encoste na sua boca. Sei que hoje em dia muitas pesquisas indicam começar pela fruta mas é só o começo mesmo, logo vou começar a dar fruta, até tentei com a banana mas ele não curtiu a colher e ai não conseguir dar nada. Já o suco, comprei um copo da sassy e o modelo é o growup para evitar bicos e acabar ocorrendo o desmame precoce, porém está meio difícil fazer o Joaquim sugar, estamos tentando usar o copo americano pequeno de vidro mesmo e ele tomou 30 ml. Optamos dar o suco após a segunda mamada do dia, geralmente ele acorda as sete e meia ou oito horas da manhã, mama e dorme de novo e acorda as dez ou as onze da manhã, ele acorda, mama e após uma hora eu dou o suco. Mas essa rotina vai mudar um pouco, vou dar uma adaptada com a rotina que faço pela manhã antes de sair para o trabalho. 

É muito complicado você ir contra ao que acredita mas ao mesmo tempo não posso me martirizar e preciso fazer algo que se enquadre a minha vida num todo. A volta ao trabalho é um marco muito grande, a separação dói muito mas é algo que necessitamos fazer. O que tento fazer é que seja o menos traumático possível. Espero conseguir!

                               

Quando nós dois eramos um e as coisas pareciam ser mais simples, só nós dois e  estavamos resolvidos. A vida por vezes tem que ser mais razão do que emoção mas ainda assim espero lidar melhor com tudo que está por vir. O amor é maior que tudo e ele sempre supera! 



Beijos 

2 comentários:

  1. Não se martirize , a vida vai se resolvendo. No começo pode ser difícil, mas vai se ajeitando!!!!!

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  2. Não se martirize , a vida vai se resolvendo. No começo pode ser difícil, mas vai se ajeitando!!!!!

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Obrigado pelo comentário!