quarta-feira, 17 de agosto de 2016

Você gosta do que?

Alguns assuntos são muito recorrentes e tem tantas coisas para serem faladas que rendem muitos e muitos posts. O parto é um assunto que ultimamente estava bem adormecido em mim, acredito que o fato de enfim ter vivenciado a experiencia, um ciclo se fechou para mim. Mas como sempre dizem que nós mulheres esquecemos tantas coisas, principalmente as dores e nos apegamos ao que amamos, principalmente quando se diz respeito a maternidade. Maternar doí bastante e inúmeras vezes porém não deixa de ser encantadora por uma série de aspectos. 
Esses dias estou sentindo uma enorme falta daquela sensação boa de quando estava grávida, quando estava ouvindo as musicas que inclui na playlist do parto, da sensação gostosa de saber que algo incrível estava para acontecer. Eu nunca planejei a chegada do Joaquim mas desejei muito gestar um segundo filho para me realizar e me curar de todas as coisas ruins que acontecerem na gestação do Gabriel. Vai fazer um ano no dia trinta e um de agosto que fomos em nossa primeira roda de gestante e foi onde conhecemos nossa parteira, a Raquel. Que saudades das consultas de pré natal e viver nesse mundo, parto humanizado, doula, gestação, tão intensamente. 
As vezes me sinto muito acoada de falar a respeito do meu parto e sobre tudo que envolve um parto respeitoso. Por incrível que pareça sem eu abrir a boca é como se eu estivesse julgando que não teve um parto normal, natural, humanizado e tudo mais. Não me sinto a vontade para falar sobre o parto! E isso é tão ruim. Eu que sempre acreditei que ao viver essa experiencia, tudo se intensificaria em mim. Mas eu aprendi muito na minha segunda gestação e uma dessas aprendizagens foi o fato de não julgar e não questionar absolutamente nada de ninguém. Não consigo falar sobre os benefícios de um parto normal, sobre o quanto buscar uma boa assistência faz total diferença, sobre como existe sim um SUS que funciona ou ainda uma casa de parto humanizado que pode negociar valores e garantir uma assistência incrível.  
Tenho tanto para compartilhar, amo falar sobre o parto, sobre as sensações, sobre a dor, sobre a ocitocina, sobre puerpério, sobre a amamentação, sobre a alimentação, sobre o bebê, sobre tudo que isso envolve. Mas não encontro ninguém que goste de falar comigo, que me permita falar, sem que pareça uma palpiteira de plantão. Eu gostaria realmente de dividir mas não sei como! 
É realmente evidente a quantidade de mulheres que já encontrei nesse caminho, ao longo desses três anos de aprendizagem de parto humanizado, conheço duas mulheres que tiveram o parto normal, os dois hospitalares e os dois com uma série de intervenções mas ainda assim um deles foi um pouco mais humanizado. Mas ainda assim, a esmagadora maioria não sabe nada sobre o parto e quando eu falo algo, muitos me dizem que seria impossível ter algo parecido com o que eu tive, talvez domiciliar sim mas em questão de atendimento dependendo de toda a situação é possível no minimo tentar. 
Na minha gravidez do Joaquim, todos sabiam que a minha vontade era ter um parto normal, respeitoso e só souberam que seria domiciliar com trinta e nove semanas. Mas ouvi muitas e muitas pessoas me dizendo para entregar na mão de Deus, que tudo daria certo. Acho isso um equivoco, se nós não nos mexermos nada cai do céu e depois não podemos responsabilizar a Deus por tudo que pode vir acontecer. Acreditei e confiei sim mas a partir do momento que tinha uma equipe que eu confiava, que acreditava na minha capacidade, estávamos todos preparados para qualquer eventualidade mas procurei deixar tudo o mais programado e acertado. 
Mas por que estou fazendo um post sobre isso, porque não faço a minima ideia se tenho leitores neste blog e como esse é um assunto que nem sempre interessa. Você lê o blog? Gosta do que eu posto? quais os assuntos mais legais? Curte quando falo sobre parto humanizado? Tem alguma sugestão?
Gostaria de saber, comentem por aqui, facebook, instagram, inbox, email, me contem :) 

Beijos 

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