quinta-feira, 4 de fevereiro de 2016

Gabriel, três anos e seis meses.

Ontem o Gabriel completou três anos e seis meses. Desde o dia do nascimento do Joaquim não conseguia mais enxergar no Gabriel um bebezico, talvez por ficar o dia inteiro com o bebê no colo e perceber que eles demandam coisas diferentes. Quando o Gabriel chegou em casa após o nascimento do irmão, estranhei muito o tamanho dele, o jeito de falar, as brincadeiras e comecei a perceber que ele estava deixando de ser um bebê. 
Comecei a identificar que ele estava crescendo principalmente pelo desfralde, pela fala e por largar a chupeta. No ano passado um pouco antes das férias do final do ano começarem, o desfralde diurno já estava concluído e faltava apenas ele se sentir melhor ao utilizar o vaso sanitário e não mais o pinico ou o redutor de assento. O processo do desfralde foi muito tranquilo e o que mais contribuiu para isso foi permitir que o mesmo acontecesse quando o Gabriel estava preparado. 
Como nós inciamos o processo no meio da gestação, algumas pessoas e até mesmo a professora, nos disseram que talvez o Gabriel regredisse no quesito desfralde mas não foi o que aconteceu, tudo só melhorou e a chegada do Joaquim não interferiu neste processo. 
O desfralde noturno não foi iniciado em conjunto com o diurno mas o Gabriel já demonstrava controle da vontade de fazer xixi de madrugada e começou a amanhecer com a fralda seca, as vezes rolava fralda suja mas muitas manhãs com a fralda seca. Iniciamos o processo de desfralde noturno, no dia primeiro de janeiro, nós já havíamos iniciado o processo, levando ele antes de dormir ao banheiro e colocávamos a fralda e pela manhã levávamos ao banheiro. Mas a partir do dia primeiro de janeiro nunca mais colocamos fralda nele. Rolam vários escapes mas aos poucos estamos conseguindo, a meta é concluir uma semana completa sem escape, já conseguimos cinco dias sem escape. O calor tem prejudicado um pouco esse processo, o Gabriel toma muita água e acaba rolando escapes noturnos mesmo a gente levando ele antes de dormir ao banheiro. E nós não acordamos de madrugada para levar ele no banheiro e o motivo é porque não queremos. Já rolou até dormir na casa dos avós e não teve escape. Ficamos contentes de perceber que aos poucos ele está conseguindo se controlar. 
A chupeta foi uma das coisas que mais me preocupava em tirar, sinto pavor ao ver aquelas crianças de cinco/seis anos e com a chupeta pendurada. O Gabriel fez aniversário em agosto e continuava firme e forte na chupeta. Em maio tentei fazer a troca da chupeta com a "fada da chupeta", ele ganharia um carrinho do filme"Carros"e um avião do filme "Aviões" e em troca, daria a chupeta. Ele deu a chupeta mas no final do dia na hora de dormir, pediu para destrocar e devolver os brinquedos. Ficou super chateado e sentido, fiquei com dó e desisti da ideia. Quando já estava no final da gestação do Joaquim, mais uma vez, muitos deram pitacos e disseram que após o nascimento do bebê seria ainda mais difícil tirar a chupeta. Fomos em uma festa e uma mãe disse que contou para a filha que a chupeta fazia mal aos dentes e entrou na internet e mostrou fotos de dentes estragados por conta da chupeta e a menina ficou com nojo e chorou horrores mas largou a chupeta. Fiquei meio em choque com a história, porque eu não gostaria de traumatizar o Gabriel, mesmo porque quem ofereceu a chupeta para ele fomos nós e não seria justo agora amedrontar e aterrorizar ele com isso. Mas comecei a falar que os bichinhos iam acabar comendo os dentes dele, porque ele mordia a chupeta e estragava ela inteirinha. Mostrei as imagens dos dentes das crianças que usavam a chupeta e ele adorou, hahahah de vez em quando pedia pra ver de novo. Até que eu comprei uma chupeta da marca MAM que é vazada e a boca dele ficou toda ressecada, ele estava respirando pela boca e a pele dela ficou esbranquiçada e horrível. Mostrei para ele no espelho e ele pediu para escovar os dentes. Nesse mesmo dia, um pouco depois disso, a boca voltou a ficar do mesmo jeito, minha irmã tirou uma foto bem de perto da boca dele e da nossa e mostrou que a dele estava toda cheia de bichinhos da chupeta. Falamos que meninos grandes não usavam a chupeta e se ele continuasse, a boca continuaria daquele jeito. Quando foi no dia seguinte, o Gabriel levantou e a primeira coisa que me disse foi: "Mamãe, toma essa chupeta, eu não quero mais. Eu já sou um menino grande." Nunca mais ele chorou pedindo a chupeta ou mesmo sem chorar, não pediu. Nem para dormir, nem para mais nada. O Joaquim também não chupa a chupeta e ele acha o máximo que ele e o irmão não precisam mais da chupeta (O Joaquim usou a chupeta algumas vezes). 
Mantemos ele dormindo no berço, queria ter investido em uma beliche mas achamos que o Gabriel não ia se adaptar e o bebê também não. Pensamos em uma cama de solteiro mas preferi manter ele no berço até a chegada do irmão, por conta da quantidade de pessoas que me alertaram que ele tentaria imitar o irmão em todos os aspectos. Iria tentar ser um bebê de novo. Isso não se manteve mas ele de vez em quando quer entrar no berço do Joaquim (que é de péssima qualidade, comprei pela internet quando já estava muito grávida e sem paciência para sair de casa). Pretendo mudar o quarto e transformar em um quarto montessori. Nós dormimos todos no mesmo quarto, nossa casa tem um quarto grande, então ter duas camas é muito ruim e o montessorri vai ser bom para o desenvolvimento do Joaquim e muito bom para o Gabriel também, na questão da autonomia dele. 
A alimentação do Gabriel está mais relaxadinha mas ele continuar preferindo alimentos saudáveis e fico muito feliz de o meu empenho nisso estar refletindo nas escolhas dele. Já esta usando o garfo e tomando liquido em copo de vidro. Finalmente vamos nos livrar desses itens de plásticos e copos com tapas. Além de caros, ficam muito sujos e são cheios de dobras que são difíceis para limpar.
Até mais o menos uns dois anos e sete meses, ele já falava mas não formava frases complexas e por vezes acabava repetindo o que nós falávamos. Depois que o Bruno viajou para os EUA, o Gabriel começou a falar e formar frases, mudou muito. E quando o pai chegou, ai que ele desenvolveu mais ainda e fala de tudo, faz muitas perguntas, já entende tudo e já forma frases e temos bastante diálogos. Apesar de por vezes ele dispersar muito rápido. Mas é muita energia e tantas coisas para aprender. É muito bom ver ele desenvolvendo e crescendo. 


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