domingo, 25 de outubro de 2015

trinta e oito semanas e os meus registros.


Com o intuito de não me esquecer como foram os últimos dias ou semanas do Joaquim na barriga. Todos os dias eu tiro uma foto para registrar o momento que estamos vivendo. Comecei na terça feira, data que completei trinta e oito semanas. 


Terça feira, 13 de outubro de 2015. 


Nós acordamos e o Gabriel não teve aula, tomamos um café da manhã e nos arrumamos para sair, tivemos consulta com o médico do convênio, a ultima consulta finalmente. Nós deixamos o Gabriel com a minha avó, já que o médico sempre demorava demais e nós sempre ficamos lá cerca de duas a três horas (um absurdo, eu sei). Pois bem, a Tainá nos levou até lá e chegamos eram meio dia e quarenta e cinco, nossa consulta estava marcada para a uma e meia da tarde e o médico chegou no consultório que já estava abarrotado de mulheres à duas e meia da tarde, por sorte fomos os primeiros a chegar e consequentemente os primeiros a serem atendidos. Logo que chegou nos chamou, entramos no consultório e ele logo já fez a seguinte pergunta: 
"Boa tarde mãe, tudo bem? Qual a data da ultima menstruação, hmmm, nossa, vamos marcar então?"
E eu olhei para ele e disse: "Nós não vamos marcar nada, será parto normal" 
Ele: "É mãe, não tem como marcar mesmo, os hospitais não marcam mais porque os convênios não aceitam mais. Então eu tenho que levar a minha equipe. De qualquer forma agora temos que deixar a natureza agir!" 
Pelo que eu interpretei dessa fala dele, o que ele iria propor era o valor da equipe dele e a cartinha de consentimento da cesárea estava em cima da mesa. Ou seja, algo super recorrente. Ele sugere marcar a data do parto, logo os hospitais não cobrem, logo ele passa o valor da equipe dele. 
Então ele me pediu uma ultra na semana anterior e eu até tentei marcar no lugar onde ele mesmo pediu que todos os meus exames fossem feitos e com o médico especifico e eu não consegui. Mas de qualquer forma também não estava muito afim de marcar, afinal, não havia nada a ser visto, agora aos quarenta e cinco do segundo tempo. Mesmo porque já havia consultado a Raquel e a Silvia e de fato não havia necessidade. O Dr. me deu uma mega bronca, foi um estupido e disse que eu estava colocando a vida do meu filho em risco e deveria ter marcado em algum outro lugar o exame que ele mandou que eu fizesse. Pois bem, eu disse que agora não adiantaria nada ele me dar uma bronca né, afinal não mudaria nada. E disse que de qualquer forma o bebê estava mexendo e nós já havíamos ouvido seu coração e feito os ultra ao longo da gestação. Ele retrucou e disse que não daria para saber a vitalidade do bebê dessa forma e novamente me disse que sou irresponsável.
Então ele levantou da mesa e disse assim: "Vamos lá dentro e faremos o exame de toque, mediremos sua pressão e vamos ouvir o coração do bebê" e eu fingi que não era comigo e entrei nada sala e ele então me pediu para tirar a parte de baixo da roupa e deitar na cama. E eu respondi que não faria exame de toque. 

E ele me fuzilou com os olhos e disse: "Como assim? você virou médica agora?" e riu da minha cara.

Retruquei ele: "Pelo que eu sei o exame de toque só tem necessidade, se tiver, durante o trabalho de parto, se eu não estou em trabalho de parto, qual a necessidade de fazer o exame de toque? não sou médica mas tenho todo o direito de me negar a fazer o exame, correto?" 
E então ele me olhou com desprezo e novamente me disse que eu estava colocando a vida do meu filho em risco, disse que respeitaria a minha vontade de não fazer o exame de toque mas que era responsabilidade minha e que ele a partir dali não me atenderia mais. Deitei na cama e ele colocou o aparelho de ouvir o coração do bebê na minha barriga e ao invés de buscar o coração do bebê, ele simplesmente deixou o o aparelho no mesmo lugar onde não se ouvia absolutamente NADA, só uns barulhos da minha barriga mesmo. Com certeza ele diria que não estava ouvindo o coração e consequentemente me responsabilizaria novamente por algo, porém, o nosso filhote trolou o Dr. e então deu um chute e virou e então ouvimos o coração super batendo felizão. Olhei para o Bruno e xinguei mentalmente aquele médico medíocre. Ele mediu a minha pressão três vezes seguida para me machucar, media até doer e soltava. Fiquei quieta só observando. Nós já tínhamos ideia que peitar o médico seria foda e poderia ter consequências como estas mas eu não imaginei que o cara poderia ser tão infantil a ponto de tratar a gente daquela forma. Novamente o médico disse que nós eramos irresponsáveis e se ele fosse o pai do bebê, não seria negligente dessa forma. Pediu o nome e o RG do Bruno e anotou lá que me neguei a fazer o exame de toque. Ele repetiu que não me atenderia mais e disse que a partir de agora, qualquer problema eu deveria ir ao hospital e que ele não faria mais nada por mim.  Pedi então que ele me desse logo o atestado de licença maternidade e me levantei para sair. Ele levantou e disse que só pensava no melhor para todos nós e ainda por cima me chamou de mãezinha e me sugeriu não sair mais de casa e não ter relações sexuais (porque pronto para cesárea nós estávamos mas para transar e por ventura isso influenciar em um inicio de trabalho de parto NÃO!). Sai daquele consultório com muito mais ódio de médico do que quando comecei o pré natal. Eu já não curtia muito médico e hoje a minha visão deles é pior ainda (lembrando que estou falando de obstetras do convênio). São manipuladores e não te orientam em nada referente a chegada de um bebê, absolutamente nada. O pré natal é RIDÍCULO. Imagina uma pessoa sem nenhuma informação? Pois bem, estamos livres e mesmo tendo passado muito nervoso, saí de lá tremendo de ódio pois me segurei para não vomitar nele tudo que ele fez a gente passar durante o pré natal mas me poupei e refleti, nem isso ele merecia. Olhei aquela sala lotada e assim que saí da sala todo mundo ficou olhando para gente, deveria estar estampado na minha cara o ódio,a raiva, o desespero, enfim... Fomos embora! Chegamos na nossa casa as quatro e quinze da tarde. Um dia perdido!
De qualquer forma tiramos uma foto do dia feliz que era a ultima consulta com o GO fofinho!
 

Assistimos um filme legal chamado Sem Limites, muito bom porque eu não dormi hahahaha conseguiu prender a minha atenção até o fim.

 
Quarta feira, 14 de outubro de 2015.

Nós acordamos super cedo e fomos fazer exames de sangue. Eu e o Gabriel. Finalmente o ultimo exame do pré natal. O GO fofinho não havia me pedido aquele exame que tiramos o sangue e depois tomamos aquele liquido super doce e depois de duas horas de repouso e tiramos sangue novamente, a Silvia e a Raquel preferiram pedir o exame por precaução. Nós andamos de ônibus para alegria do Gabriel e ele não chorou para tirar sangue. O Bruno trouxe ele para casa assim que terminou o exame dele afinal o meu demoraria no minimo duas horas. Fiquei lá, não encontrava posição para sentar ou deitar na poltrona, foi difícil mas no fim dormi lá, toda torta. Quando acabou, voltei para casa e quando cheguei, tomei café da manhã mas em seguida vomitei tudo que estava no meu estomago e tomei um banho. Fiz o almoço e por fim fiquei deitada com o Gabriel na cama com o ar condicionado ligado porque o calor tava cruel. Quando foi a noite resolvi fazer um bolo de cenoura e ficou muito bom. Minha mãe e a minha irmã vieram aqui e foi quando eu contei para minha mãe que o parto seria domiciliar. Não foi fácil mas era necessário contar para ela. Até para a minha própria tranquilidade.

 


Quinta feira, 15 de outubro de 2015. 

Acordamos, tomamos um café da manhã e comecei a arrumar a minha casa, dia de encontro com a nossa querida doula Raquel. Estava um calor muito grande e a noite foi bem difícil e o dia estava difícil. Nós arrumamos aqui e eu fiz o almoço, a minha irmã não teve aula e o Gabriel resolvemos deixa lo em casa essa semana (já que na segunda feira foi dia de nossa senhora aparecida, feriado e a terça feira ele não teve aula pois emendaram o dia dos professores, na quarta fomos fazer exame, qual o sentido de ir na quinta feira e na sexta feira?) e então todos estavam aqui e ficaram brincando de água na banheira do Joaquim e com o lava rápido que ele ganhou no aniversário dele, foi uma tarde gostosa. A Raquel chegou aqui por volta das três e meia da tarde, é sempre muito bom nossos encontros, conversamos sobre tudo, tudo além do parto é claro. Ela ensinou para o Bruno algumas técnicas de massagem para me ajudar no alivio da dor e nos ensinou a contar as contrações através de um aplicativo e conseguir a identificar o começo do trabalho de parto. Foi bem legal! Ela foi embora aqui de casa quase nove da noite. E o Gabriel já havia dormido e então o Bruno foi comprar Mcdonald's para nós dois. O Gabriel acordou dez minutos antes do Bruno chegar, hahahaha Nós tentamos começar a ver um seriado, porque acho super maneiro casais que tem seriados que assistem juntos, pena que eu não consigo assistir, tentamos ver Braking Bad, legal mas um episódio já tava super ok para mim.

 

Sexta feira, 16 de outubro de 2015.

Nós acordamos e resolvi começar a organizar a casa, deixar tudo no seu devido lugar afinal nós podemos ter a chegada do bebê a qualquer momento. Guardei algumas roupas que eu havia lavado, terminei de montar o carrinho que também havia lavado (nós resolvemos não montar o berço agora, depois que o bebê nascer vamos sentir quando sera necessário montar, afinal, nosso espaço é pequeno). Arrumei as gavetas do Gabriel, tirei do armário as roupas que já não estão mais servindo e também arrumei as roupas do Joaquim, por tamanho. Na parte da tarde, a minha irmã veio para cá e nós almoçamos e tomamos sorvete. E ela terminou de passar algumas fraldas de pano que faltavam e o Bruno ficou brincando de skate com o Gabriel no quintal e ficamos ouvindo musica. Foi bom. De noite nós jantamos e assistimos um filme depois que o Gabriel dormiu. 

 
Sabádo, 17 de outubro de 2015. 

Acordei e comecei a limpar a casa e deixar tudo o mais limpo possível. Como na noite anterior eu senti contrações e cólicas, bateu um leve desespero porque nem tudo estava pronto. Arrumei a mala do bebê, minha mala, exames do pré natal, tudo no esquema. Me senti mais aliviada, Convidei a Jé e a Pati para virem aqui em casa e elas viriam a tarde mas por fim acabaram vindo a noite e a Taina e o Vini também vieram, a Amanda ficou aqui com a gente também. Nós fizemos pizza e foi muito bom ter eles aqui para eu conseguir me distrair. Rimos e conversamos bastante. Quando todos foram embora, eu e o Bruno arrumamos toda a casa (combinamos de todas as noites deixar tudo o mais organizado possível). E enfim, começou o horário de verão, o que não é tão legal assim. Nós assistimos um filme na TV e dormimos.


Domingo, 18 de outubro de 2015.

Acordamos tarde, afinal o horário de verão no primeiro dia muda tudo. A casa estava arrumada e eu acordei com o Gabriel quase onze e meia e nós fomos tomar café da manhã. Terminei de estender umas roupas, coloquei outras para bater na maquina. Fiz o almoço e de tarde assistimos o jogo do Corinthians na TV. Minha irmã veio aqui em casa e nós comemos carolina. E estava friozinho, senti cólicas, dores no quadril e na pélvis (desde trinta semanas eu sinto dores mas cada dia que passa elas se intensificam mais e mais). Dei uma cochilada de uma hora e jantamos sopa que a minha avó fez. 



Segunda feira , 19 de outubro de 2015.

Foi mais um dia difícil de levantar por conta do horário de verão, acordamos as onze da manhã. O Gabriel ficou em casa com a gente pois a noite teríamos um compromisso e minha irmã ficaria com ele, como ele chega sempre muito cansado da escola, dá um certo trabalho, resolvemos deixa-lo em casa e ele ficaria menos cansado e daria menos trabalho.
Tivemos mais uma consulta com a Raquel, nossa obstetriz. Dessa vez a consulta foi aqui na nossa casa e estamos bonitinhos só esperando o Joaquim dar seus sinais de que está pronto para chegar a este mundo. Espero que logo pois já não estou mais tão feliz com a gravidez, já tá cansativo demais. Acredito que ele venha só na semana que vem, teremos lua cheia, teremos as quarenta semanas completas, acredito que esse será o tempo dele vir mas amanhã também teremos uma mudança de lua o que é uma influencia também, de qualquer forma já não aguento mais.
Nós iriamos hoje ao nosso ultimo encontro no Espaço Santosha, seria o encontro com relatos de parto e eu estava muito afim de ir, nos programamos justamente para ir lá mas no fim os planos acabaram mudando e acabamos não indo, fiquei muito chateada porque adoro ouvir relatos de parto e eu estou em casa a duas semanas sem sair daqui a não ser para ir na minha mãe, por exemplo. Hoje seria uma forma de me distrair também, enfim, não fomos. Fechamos mais uma semana e estamos no aguardo :)



 




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