domingo, 11 de maio de 2014

Dia das mães!?

Nosso terceiro dia das mães (o primeiro na barriga). Este ano ganhei uma linda surpresa e foi uma delicia! O papai acordou primeiro, fez um café da manhã, comprou presentes (dia das mães e aniversário), enfim sou a mãe da casa, é uma sensação bem engraçada... Sempre senti que havia nascido para ser mãe. Não é facil, é cansativo, abrimos mão de certas coisas, o caos as vezes acontece, mas no final de tudo você se sente realizada e sortuda. Acredito que ser mãe é a melhor experiência de vida, é se doar a um pequeno ser de corpo e alma, sem nada em troca. Mudanças acontecem desde a concepção, o corpo muda, o psicológico muda, a vida muda e com tudo isso você cresce, amadurece e enfim se torna outra pessoa. É como se uma parte do nosso coração estivesse batendo fora do corpo, andando por aí e acredito que nunca essa sensação vai passar apenas se intensificar. 

Meu café da manhã surpresa!

De qualquer forma durante o dia algumas pessoas colocaram textos lindos homenageando suas mães, durante a semana alguns blogs falaram a respeito da data e acabei moldando a minha opinião, não podia deixar de registra-la aqui!
Na escola do Gabriel não temos o dia das mães, nem dia dos pais e sim o dia da família. Na minha mais sincera opinião, não gosto disso, queria tanto ver ele lá fazendo gracinha só para me agradar, dar bilhetinho e tirar uma foto de recordação. Mas parando para pensar racionalmente, a ideia da escola é legal, afinal, nem todos tem a mesma base familiar, as vezes a familia não é composta por mãe, pai e filho(s). Vivemos em um mundo capitalista, sabemos que somos totalmente induzidos ao consumo e não presentear nossa mãe ou não ser presenteada é caracterizado como algo ruim. Mas ao mesmo tempo não me vejo passando o dia das mães sem comemorar, afinal, é um dia e tanto... Mas, afinal, o dia das mães é só no segundo domingo de maio? Só neste dia devemos escrever lindos textos, colocar fotos em nossas redes sociais, dedicar o dia a ela e comprar um lindo presente? Mãe é mãe todos os dias. Durante este mês um video rodou muito a minha timeline do facebook e é incrivel!


Sou realizada como mãe, amo estar e me doar. Mas em uma visão mais fria da situação... Me chamou muita a atenção durante o dia alguns textos feministas. Esses textos são um tanto quanto radicais ao meu ver, porém tem seus fundos de verdade. A mulher que pariu, amamentou e muitas vezes, se não for em todas as vezes abdica de liberdade. Na sociedade a mulher quando engravida é a unica que tem total responsabilidade pelo ser ali gerado, anulando totalmente a responsabilidade do homem na situação. O homem que abre mão da paternidade não é julgado, apenas (em alguns casos) cobrado em questões financeiras. A mulher não tem o direito de abdicar, não tem autonomia sobre seu corpo (sim, estou falando em aborto). A maternidade por muitas vezes anula a mulher como ativa e pensante na sociedade. A mulher esta sempre no comando de tudo enquanto a sociedade aceita um pai omisso. Muitas vezes a culpa do homem omisso com sua paternidade é fruto de uma maternagem machista, a sociedade coloca para as mulheres que o homem é incapaz quando o assunto são filhos. É totalmente aceitavel um pai relapso com educação e afazeres do dia a dia mas vai uma mulher por mais cansada que esteja (trabalhando fora de casa, vivendo o caos que é o seu dia a dia, pensando no jantar que deve fazer e etc...) deixar de lado educação, cuidados e afazeres. O julgamento é instantâneo. Muitas coisas devem mudar na nossa sociedade... A maternagem ativa deve ter o apoio do pai que deve ser tão ativo e autonômo como a mãe. Por mais 'pães' no mundo! Não basta querer homenagear a mulher neste dia e esquecer disso no restante do ano e tratar a mãe mal e menosprezar. A criança e o adolescente aprendem no dia a dia com exemplos... Por um futuro diferente!
Fica abaixo o texto que me fez repensar algumas coisas (O texto é um tanto agressivo mas foi ele que me fez refletir) : 

"Não é sobre as crianças. É sobre o fardo que a sociedade machista coloca sobre a mulher e tenta enfeitar isso de todas as formas como um privilégio, um dom, uma fonte de felicidade e completude. É sobre a adoção que a mulher se vê obrigada a fazer da outra metade abandonada pelo genitor da criança. É sobre a gravidez indesejada que é levada adiante sem direito a escolha.É sobre a exploração de filhos adolescentes e adultos sobre a mulher que lhes reproduziu no útero. É sobre a hipocrisia dos mesmos de achar que pode recompensar trabalho escravo com presentes em um domingo mercantil, enquanto todos os dias do ano tratam a mulher que os pariu como mucama, como aquela que vai cozinhar pra eles, que vai cobrir a exploração capitalista que sofrem, que vai arrumar sua bagunça e garantir suas roupas limpas, que vai mais tarde ajudar a criar o filhos num regime eterno de escravidão.É sobre a pessoa que não tem vida própria mas que tem que parar tudo para se dedicar à humanidade.É sobre o senso que os filhos têm de que ela é obrigada a servi-los. É sobre o pouco caso e cobrança que fazem com o acômodo do pai. É sobre como tentam enfeitar essa escravidão de todas as formas possíveis para não problematizar o sofrimento que é, a privação de liberdade. Para que os privilégios e confortos de muitos não sejam denunciados e revisados. O melhor presente que você pode dar à sua mãe é deixa-la finalmente livre. Já passou da hora. E, não, ela não é uma mucama que vai receber presentinhos e lembrancinhas em troca de todo serviço de eterna assistente que ela te faz. Não tente delimitar um valor para seus serviços, ela não é e nem deve ser sua empregada." (texto retirado do facebook, autora Kelli Alexandre) 

O dia das mães é todo dia, sem finais de semana, feriados ou férias. Vamos valorizar a mãe e vamos incentivar a paternidade ativa. Sou muito grata de ter ao meu lado o Bruno que é um grande pai, companheiro e sempre me apoia em todos os sentidos. Obrigada por se moldar e mudar junto comigo. Desde quando nos tornamos pais, mudamos e crescemos muito. Sou totalmente grata a isto. Feliz dia das mães todos os dias :) 

faltou a Mia!




Beijos ;)
 

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