sexta-feira, 17 de abril de 2015

Diário da segunda gravidez :)

Como contei no último post, nós estamos esperando mais um fruto desse lindo amor. E agora começamos mais uma etapa dessa vida e é hora de colocar em prática tudo que eu estudei, aprendi e desejei nesses últimos dois anos. Eu inocente, sempre acreditei que para você querer um parto respeitoso era preciso querer, mas descobrir que é preciso lutar e remar MUITO contra a maré. Você vai enfrentar o mundo e NÃO é fácil!
A nossa saga começou naquele momento em que descobri a gravidez e tive que ir atrás de um obstetra para as consultas do pré natal. Eu liguei para vários consultórios que estavam na lista disponível do meu plano de saúde. Quando a secretaria atendia e eu dizia que era pré natal existia uma regra bem clara: o médico fazia o pré natal mas o parto era pago no particular ou o médico só fazia o pré natal se já fechasse o parto. Fiquei muito indignada. Enfim, encontrei uma médica, marquei a consulta. Quando nós chegamos no consultório, foi quase como voltar no tempo, tipo anos 60 hahahaha era hilário, um consultório muito antigo, tudo era velho demais, a médica era uma senhorinha muito simpática porém ela fez um exame de toque e um papa Nicolau sem nem ao menos me comunicar ou pedir licença sabe? Fiquei sem reação e não neguei o exame (fiquei muito frustrada com a minha incapacidade de negar). Ela me deu uma guia para fazer o exame de ultrassom e pediu que eu voltasse em quinze dias. Bom, não voltei. Nós falamos sobre o parto e ela me pareceu bem respeitosa mas só o fato dela fazer o exame desnecessário sem nem ao menos me perguntar, já me deu a certeza que: não!
Bom e ela também não faria o meu parto, porque quando eu marquei a consulta a secretária disse isso.
E ai resolvi marcar outro médico para o pré natal, um médico que foi indicado por uma prima e resolvi marcar para sentir né. Enquanto isso, marquei a ultra e fui lá felizona fazer. Nós chegamos no lugar e esperamos bastante... Nós sempre fizemos em um local que era só pra grávida e tinha uma sala bonitinha lá, onde papai sentava e tinha TV para assistir o exame. Só que nesse, não. A sala era minuscula, mal cabia o Bruno, só o médico assistia o exame e o Bruno que ficou em pé dele, também assistiu. O médico colocou lá e rolou um silêncio eterno no exame e eu fiquei meio aflita e perguntei: e ai, tem alguma coisa ai? Porque eu ainda desacreditava, não fiz exame de sangue, só fiz o de farmácia. Porque né, pra que fazer o de sangue? Hahaha enfim...
O médico foi bem frio e disse o seguinte: olha, vou te mostrar. Ai virou para mim a tela dele e eu vi só o saco gestacional, vazio. Ai ele: ta vendo? Ta vazio! Nos podemos trabalhar com duas hipóteses: gestação anembrionaria ou gestação no início com menos de seis semanas. Mas ele falou de uma forma que ali para mim, acabou. A gestação já acabou, não vai evoluir. O Bruno mais otimista, falou para eu ficar calma e que era só a forma do médico falar e tal. Com esse resultado, fomos na consulta com o outro obstetra. Ele foi simpático, deu parabéns pela chegada do bebê. Não me deu muita abertura para conversar. A consulta foi muito rápida, me perguntou umas vinte vezes se eu estava enjoando hahahah e me pediu outro ultrassom para dali quinze dias. Me passou o celular dele, se caso tivesse alguma problema, ligar. Me passou alguns remédios e não tomei nenhum, só alguns de enjôo. Ele me deu um que quando eu li a bula não tomei. Era um remédio para mulheres que já abortaram alguma vez. E eu fiquei muito na segunda com ele, já me passar um remédio que segura se eu não tinha nada de histórico de aborto. Não tomei e fim.
O médico também me chamou de mãezinha e eu ODEIO que me chamem assim. Mas ta, a consulta foi tao rápida que não tenho ainda uma opinião muito formada. O médico é bem educado e me tratou bem. Vamos ver na próxima. Porem eu sei que ele tem uma leve queda por cesáreas. Já marquei uma consultoria de parto no espaço GAMA.  Sera no dia 25, veremos. Estou mega ansiosa e esperançosa. Por enquanto é isso... Veremos os próximos capítulos dessa saga!

Beijos 

                     Minha pequena azeitona

quarta-feira, 15 de abril de 2015

Tu vens, eu já escuto os teus sinais...

Não planejei a sua chegada, assim como não planejei a chegada do seu irmão... aqui em casa as coisas normalmente acontecem assim, quando tem que acontecer, acontecem... Eu preciso confessar que não esperava, não era o meu momento... acredito que tudo na vida tenha uma razão. União e liberdade sempre estão presentes em momentos como este que estamos vivendo e estamos prestes a viver.
No dia 20 de fevereiro já estava percebendo que a minha menstruação estava demorando demais e talvez tivesse passado alguns dias e nada. Sentia cólicas, minha cara com tantas espinhas que as vezes acreditava estar em uma eterna puberdade, sentia dor nos seios. Dor, muito dor nos seios, quase que não podia colocar roupa. De repente no sábado 21 de fevereiro percebi que meus seios estavam maiores e a cólica se mantinha, uma ardência nas costas e nada de descer. No dia 22 de fevereiro de 2015, por volta das 11:15 da manhã fiz um teste de gravidez, convicta que era apenas uma forma de tirar aquela duvida. Mas aí que eu estava errada! Eu olhei e ri, olhei e me senti desesperada, olhei e chamei seu pai, olhei e vi seu irmão, senti muita felicidade e muito medo. Um desespero, uma negação e um coração acelerado. Fiquei feliz. Desacreditada.
Confesso que estou com muito medo pois passaremos por grandes mudanças muito em breve, assim como deveria ter sido quando descobrimos a vinda do seu irmão. Eu sempre sonhei com essa gravidez, a segunda, a que seria exatamente como sonhei e você veio assim de surpresa, sem pedir permissão, chegou. Não te planejei, não tentei, você aconteceu! Eu tenho medo, sou medrosa, você vai ver... mas gosto da adrenalina e estou aqui para encarar tudo isso. Eu quero curtir essa gravidez o quanto puder, quero poder ter o meu tão sonhado vbac, quero tanto ver o como será a reação do seu irmão, quero que floresça esse amor entre vocês, quero conseguir mostrar para vocês dois que o amor que tenho aqui dentro é tão grande mas tão grande que transborda, quero tanto te sentir em mim, quero que seu pai viva isso de novo ainda mais presente, quero poder te amamentar, quero te vestir, sentir seu cheirinho, aninhar você no meu colo, quero tanto tudo isso... mas tenho tanto medo de ter feito tudo errado, de estar fazendo escolhas loucas... Mas você veio para me mostrar que agora é a hora, tenho que arriscar, tenho que ser feliz, tenho que ir atras do meu sonho, você e seu irmão vieram para fazer com que eu cresça, com que a minha vida mude radicalmente, eu amo tanto isso. Em vocês encontro a coragem! Eu juro que farei o possível e o impossível para te dar o melhor, muito amor... Que a sua chegada seja doce. Obrigada por existir.

Mamãe