segunda-feira, 19 de agosto de 2013

Crescendo...

Fazem exatos 16 dias que o Gabriel completou 1 ano e nesse ano muitas coisas aconteceram. O desenvolvimento dele nesses últimos dias esta fascinante. Faz muito tempo que não venho contar a respeito do crescimento e das conquistas dele e como uma boa mãe coruja e de primeira viajem, vim fazer este pequeno post (que futuramente será de pura recordação). 

Alimentação: Quando o Gabriel completou quatro meses, comecei a dar raspas de frutas para ele, afinal não amamentei por muito tempo, a partir deste momento as coisas evoluíram e meu pequeno bebê cresceu e deixou um pouquinho de ser bebê. O Gabriel adora uma comida, um belo prato de arroz e feijão já basta, muito brasileiro, da preferencia a carne de frango mas também curte uma carne bovina. Adora verduras e frutas porém não é muito ligado ao suco, quer dizer, não gosta mesmo, sempre joga fora. Ainda toma mamadeira mas com bem menos frequência. A partir de um ano foi liberado a consumir mel e açúcar refinado, porém eu evito os dois. Gosta de água e fica louco com uma garrafa de coca-cola e eu juro que nunca ofereci mas ele já tomou. Adora uma bolacha de maisena e leite.
Sono: Foi o tempo em que ele realmente dormia a noite inteirinha, na verdade agora ele vive chorando e reclamando e na maioria das vezes é pura manha, sempre querendo chamar atenção para ele fazer o que quer. Tira umas duas sonecas por durante o dia e cada uma com uma hora e meia ou duas de duração. A chupeta ainda bem ele não é viciado, usa apenas para dormir e quando dorme, sempre joga fora. Depois da escola os horários estão sempre desregulando e nem sempre ele dorme no mesmo horário. E adora brigar contra o sono e não perde uma bagunça, tá morrendo de sono mas tem gente conversando, rindo, ele quer estar no meio. 
Desenvolvimento: Ele começou a sentar com 7 meses, se arrastava pela casa como se fosse entrar para o exercito se apoiando nos bracinhos com 8/9 meses e engatinhou enfim aos 10 meses e ainda não está andando e eu não tenho pressa nenhuma, cada coisa ao seu tempo. Ele se pendura nas coisas, se arrasta com as cadeiras e não gosta mais de andador e muito menos de colo, o chão é o melhor lugar do mundo, adora uma garrafa pet, principalmente ficar batendo no chão para fazer bastante barulho. E também adora uma bola, é fascinado. Os dentinhos nasceram quando ele tinha 4/5 meses e desde então cada mês são uns dois, três que nascem, todos de uma vez só matando o bebê de dor e a gente de dó né? A ultima leva deixou ele bem amuado, não queria comer e estava extremamente irritado. Ele adora musica e sempre dança com as aberturas de novelas e só presta atenção nos desenhos com musicas. Agora ele fala algumas coisas mama, papa, qué, quê, faz naninha (vira a cabeça pro lado como se tivesse no travesseiro e fica cantarolando ã ã ã), manda beijo, dá tchau (quando quer), chama com a mão (quando quer), quando quer alguma coisa e ninguém da atenção fica gritando eeeeeeeei, iiiiiii. Adora cachorros no caso, au au, ele fica doidinho quando vê um e se ele estiver no chão e o cachorro vier perto ele quer pegar e apertar. Uma fofura. Quando vê o flash da câmera fotográfica já abre um sorriso e faz pose.
É uma ótima maneira de deixar tudo registradinho e ter de recordação depois. 

domingo, 18 de agosto de 2013

Compartilhando sentimentos!

A vida as vezes nos prega peças e infelizmente as coisas acontecem e não estamos no controle. Na madrugada do dia 14 de agosto um nenenzinho nasceu, super apressadinho, 35 semanas, como é muito pequeno e novo foi direto para a U.T.I. A realidade é que quando passamos por essas situações é inevitável não se colocar no lugar da pessoa. Você já parou para pensar o que passa na cabeça da mãe? Alguém já tentou dar a assistência a pessoa que está mais perdida em tudo isso? A mistura de sentimentos e sensações...Eu nunca disse em palavras claras a realidade. A noticia quando chega você fica em chão e no meu caso em reação. A noticia foi dada muito assim: Ah seu bebê vai para a U.T.I e fim. Não veio uma equipe médica me dizer nada, avisaram para meu marido no momento que ele foi ver porque o bebê não vinha para o quarto. Acho que é a partir dese momento que você começa a reformular sua opinião em relação ao parto e como você é tratado, o teste Apgar eu tive que perguntar pois ninguém disse nada, enfim...Após a noticia, a família ficou abaladíssima e eu continuava estática e sem saber muito o que fazer ou pensar. Quando me liberaram para levantar após o efeito da anestesia, as minhas forças surgiram de tal forma que levantei, tomei banho, me troquei e fui imediatamente ver o meu pequeno filhote. A sensação que tive é que ia morrer, sinceramente não podemos falar o que realmente achamo pois as pessoas se assustam, mas a realidade foi essa, achava que eu não conseguiria aguentar, ver o meu pequeno filhote lá e não poder pegar, trocar, amamentar, cuidar, amar e beijar foi doloroso demais e então eu chorei, chorei pelo parto, chorei pela amamentação, chorei pela nossa separação, chorei por tudo que estava acontecendo comigo e me perguntava: porque comigo? porque com o meu bebê? Foi a unica vez que chorei no processo todo que foi a recuperação, pois quando eu estava saindo da sala da U.T.I a enfermeira disse que não podia chorar lá, tínhamos que passar tranquilidade para o bebê. Se era para o bem dele, foi o que fiz, foi muito difícil, quando eu entrava na sala e via ele, era muito forte a vontade de chorar, o medo, aflição, dava um nó na garganta e os olhos enchiam de lagrimas, foi muito difícil. Na minha opinião deveria ter um psicólogo disponível para conversar com os pais, ajudar, para nós a situação foi complicado, ninguém que conhecíamos tinha passado por aquilo. Foram quinze dias até todo o processo acabar, aos poucos foi ficando mais tranquilo e se não fosse a paciência do papai, a mamãe teria entrado em colapso. Enfim quando fiquei sabendo sobre meu priminho que estava na U.T.I fiquei muito chateada mas ao mesmo tempo aliviado por saber que mesmo tão novinho ele não estava doente, só em observação. A vida da mãe da U.T.I é repleta de duvidas, medos e só quem passa por isso sabe. Quando conversei com a minha prima, me vi novamente naquele momento, passando por tudo aquilo e me deu tanta vontade de chorar. Mas tem que ser guerreira e forte, isso eu sei que somos. 

domingo, 11 de agosto de 2013

Primeira palavra: PAPAI!

A primeira palavra não tenho certeza se foi papai, mamãe ou titia mas a questão aqui é outra. A mãe carrega o pequeno filhote durante nove meses e o amamenta por muitas vezes durante o seu primeiro ano ou durante um mês e meio...o caso é mas e o papai? O pai é um cara que deve ter paciência na vida, primeiro vem a gravidez, desejos, dores, choros, felicidades extremas e tristezas no mesmo turbilhão. Quando nós mães sentimos o bebê mexer pela primeira vez, descobrimos o sexo a primeira pessoa que queremos compartilhar na vida é o papai. Mas imagina para ele como deve ser tudo isso? a relação mãe e filho é tão intensa desde o inicio que para o papai deve ser bem difícil. Aqui em casa o papai é o cara mais querido do Brasil, o filhote não fala coisas do tipo: só o papai pode fazer ou quero o papai, mas as atitudes não negam o amor que é reciproco. O papai leva o bebê na escola e todos os dias pela manhã é um drama: "coitado do bebê, ele tá dormindo tão gostoso, ô amor deixa ele dormir". Conheço muitas pessoas que julgaram essa etapa da nossa vida dizendo que nós dois tão novos não daríamos atenção e amor suficiente mas digo a vocês escolhi o cara certo para ser o pai dos meus filhos (no plural sim, quero mais filhos). O papai é o cara que faz a mamadeira, o papai acorda de madrugada para colocar a chupeta (isso uma três ou quatro vezes). Quando o papai sai do quarto/sala/qualquer ambiente que o filhote está é o maior drama e chororô. Quando o filhote acordou hoje no seu segundo dia dos pais ao lado do mesmo já começou "PAPA". Quando o filhote ficou internado e a mamãe precisou ir trabalhar o papai tirou de letra passar a noite e os dias com ele. Quando vamos em alguma festa o papai sempre fica com o filhote para a mamãe poder se distrair também. A primeira palavra não tenho certeza qual foi mas sei que o tal PAPA ele sabe exatamente o que significa e quem é o tal. E para o papai eu só tenho elogios, obrigada por partilhar os mesmos desejos e junto a mim tentar passar ao nosso filhote os valores e sentimentos mais sinceros. Obrigada por ser dedicado e fazer sempre o seu melhor e cuidar tão bem do nosso filho, sei que se eu faltar para o Gabriel, você vai cuidar dele como eu ou até melhor. Obrigada por ser esse pai maravilhoso. Te amamos papai!










quinta-feira, 8 de agosto de 2013

Sabe aqueles amigos que não tiveram filhos ainda?

"Quando eu penso nos meus amigos sem filhos, livres como pássaros, o meu primeiro impulso
é dar-lhes uma bucólica pedrada.  Eles não chegam no trabalho sem saber que estão sujos de
vômito. Saem toda noite, ou toda noite em que querem sair. Podem mudar de cidade, de 
emprego ou de vida com muito mais facilidade. Quando me perguntam se deveriam ter filhos,
ou como é, eu digo que é o máximo e que deveriam fazer isso imediatamente. Sabe aquela 
teoria da piscina, que atribuem ao casamento? Aquela em que você entra na água, ela está
gelada, e mesmo assim você diz que está morninha, entrem, entrem, só pra não ser o único 
trouxa lá? Com filhos é parecido, mas você não ter a opção de sair da piscina.

Meus amigos sem filhos, tenho a impressão, acabam se cansando da minha falta de tempo, 
dos meus constantes “hoje eu não posso”, ou do fato de que eu sempre tento fazer com que 
qualquer evento seja  na minha casa, pra não precisar arrumar uma babá. Eles devem achar
que eu estou na lama. E mesmo com tudo isso, eu olho pra minha filha e penso que, se eu 
soubesse que seria tão bom, teria tido filhos muito antes. É quase impossível descrever esse
sentimento sem parecer aqueles pais, ou mães, que não tem outro assunto senão filhos, 
e eu até procuro evitar, mas, afinal, aqui é o mãe bacana, né?
A primeira coisa que acontece quando você tem um filho é que você ganha uma preocupação 
nova, constante e, segundo dizem, vitalícia. Você vai se inquietar a vida inteira, ainda 
que os motivos mudem. Uma hora não tomou leite, na outra pediu a chave do carro. 
impressionante é que essa preocupação toda seja um alívio.

Sabe aquele holofote que vive em cima de você? Ele vai embora. Ainda que ali pra perto. 
Se preocupar com uma coisinha linda que não seja você mesmo dá um alívio 
tão grande, é tão libertador, que, no fim, o passarinho da história é você. 
Também dá uma sensação de continuidade, de dever cumprido perante os seus ancestrais.
Desde o primeiro ser unicelular até você, existe uma linhagem jamais quebrada de 
sobreviventes e reprodutores. Gente que viveu o suficiente pra se reproduzir e ajudar a 
cria a sobreviver. E você vai ser o primeiro, em milhares de anos, a quebrar essa corrente?

Sim, a gravidez é um pouco ridícula, como as cartas de amor. Você fica ali falando com a barriga,
pra que a criança se acostume com a sua voz e não só a da mãe, mas se sente como se alguém 
tivesse dito “fala com a minha mão”, ou fala com o oitavo passageiro. Afinal,impressionante
 que um indivíduo se monte sozinho, dentro de uma barriga, usando alguns elementos 
disponíveis ao seu redor. É estranho, mas depois que o alienzinho vem ao mundo, você pode 
pegar no colo e chamar de seu.

Bom, isso aqui é um papo de pai, então vamos falar de coisas mais práticas (mães, me perdoem).
Você deixa de ser invisível para a mulherada na rua. Em casa, ok, talvez você acabe fazendo parte 
da mobília, mas andar na rua com um bebê ou criança pequena causa um fascínio que eu nunca 
tinha visto. Sei lá se é biologia evolucionária, se ao parecer um bom pai você passa a ser 
geneticamente desejável, e eu digo, é muito divertido. Meu irmão vive pedindo pra eu emprestar 
a Lucia pra ele ir ao shopping. Eu digo pra ele ir furar camisinhas, que eu quero sobrinhos. 
Sobrinhos são como filhos que você pode devolver quando quiser, só que eles mais aumentam 
a vontade de ter filhos que a satisfazem."

--
Renato Kaufmann é pai da Lucia, escritor e autor dos best-sellers Diário de um Grávido e 
Como Nascem os Pais, ambos inspirados no blog Diário de Grávido. Aos seus amigos que
já tem filhosele costuma dizer: “Pais de todo mundo, zumbi-vos”. 

No fim, eu fico pensando: sim, tem noites em claro – e não são daquelas que você se diverte. 
Sim, você chega sujo de vômito nos lugares e só descobre isso tarde demais. Sim, você não 
sai o tempo todo. Sim, você nunca mais vai dormir direito. Sim, a sua vida não te pertence. E 
sim, você nunca esteve tão feliz."

quarta-feira, 7 de agosto de 2013

Minha primeira festa!

Lá atrás quando eu nem imaginava que seria mãe tão cedo assim, dizia: "festa no primeiro ano do bebê? jogar dinheiro no lixo!" E como ser mãe é aquele eterno cuspir para cima cá estou, falando a respeito da primeira festa de aniversário do Gabriel!

Essa festa foi um verdadeiro "faça você mesmo". Escolhemos o tema "O pequeno príncipe", eu não sou uma louca maniaca pela história mas acho uma fofura o tema e nada mais combina com o Gabriel do que um príncipe, estou para conhecer um bebê mais fofo, sorridente, simpático e não é papo de mãe, quem nos conhece sabe do que estou falando!

Então comecei a planeja o que faria em relação a decoração, pesquisei no elo7, fui na 25 e então desisti, fiquei chateadissima, não existe um tema pronto do pequeno príncipe mas o que eu faria então? mudei de tema, será de Mickey e então me decepcionei mais uma vez, não tem o tema Mickey clássico como eu queria, fiquei triste e no meio da melancolia em plena 25 de março, o que eu encontrei? o tal tema de príncipe, não era pequeno príncipe, só príncipe mesmo! Já era um primeiro passo certo? Então compramos e fomos em uma loja de artesanato ótima que tem por lá e compramos varias coisas para fazer a tal decoração. Encontrei as ovelhas lá pela 25, comprei pano para a mesa do bolo, suporte para cupcake e fim. No elo7 encontrei os aviões e a raposa, comprei faltando uma semana para a festa. O pequeno príncipe e a caixa onde ficaram os brigadeiros comprei na tokstok dois dias antes da festa, cheguei na loja as 21:30 e a mesma se fechava as 22:00. No fim tudo deu certo, deu um trabalhão mas sou uma pessoa determinada e com a ajuda de lindas pessoas consegui realizar a tal festa.

Preparamos todas as coisas, compramos um cortador em forma de coroa, fizemos eu e a Tauani até as 00:30 em uma quarta-feira antes do aniversário, 200 coroinhas. Eu e o papai fizemos aqueles potinhos de papinhas nestle, colocamos balinha de goma e fizemos toda a decoração do mesmo, ficaram lindos.



Fiz também as bandeirolas com o nome do Gabriel, fiquei com medo de ficar feio mas achei que ficou uma graça não poderia ter ficado melhor.


As compras feitas com uma semana de antecedencia, foram num momento de desespero de tudo ficar meio sem tema, meio sem graça, comprei a tal raposa que achava que era maior e os aviões que são uma graça e ainda vieram algumas tags escrito: "O essencial é invisível aos olhos". Também fui na TokStok dois dias antes do aniversário e conseguir encontrar esse pequeno principe e a caixa onde usei a tampa e a caixa mesmo como suporte para o brigadeiro.






Acho que no fim das contas as coisas saíram melhor do que na nossa imaginação, afinal, foi tudo feito com amor e muita dedicação e espero que um dia o Gabriel se orgulhe. 
E teve um toque especial nosso, ao invés de fazer aqueles videos, melódicos, cheios de falas de personagens de desenhos e fotos do Gabriel desde a barriga até completar um ano, não que eu seja contra, afinal tive um exatamente assim no casamento mas é diferente quando se tem 20 anos de historia meus e 23 anos de historia do papai. Imagina um vídeo de uma criaturinha de um ano, não dá, muito chato. Então fiz um varalzinho de fotos do Gabriel com um toque de coroas e estrelas feitos pela titia Amanda.


Enfim, quero deixar aqui os agradecimentos aos queridos vovô Fernando e vovó Lucimara por terem reformado a garagem e ajudarem na festa. As bisavós Lazara e Vera por fazerem os salgados, carne louca e batata temperada. A querida madrinha Marcia e a prima Mayara por terem feito os brigadeiros. A nossa linda amiga Patrizia por ter feito os cupcakes divinos. As titias Cila e Nê pelo bolo do aniversariante. Aos titios Evelin e Rodrigo por nos levar ao shopping as 21:30 da noite para ir comprar algumas coisas que faltavam e comprar os rótulos dos potinhos de bala de goma. A vovó Elisabete por ter feito os pães de mel de lembrancinha. A titia Amanda pela ajuda no dia da festa. A titia Jéssica e titio Henrique pela ajuda no dia da festa também. Enfim, são muitos os agradecimentos. Me perdoem se me esqueci de alguém. Quero deixar registrado minha felicidade por ter conseguido realizar a tão esperada festa de aniversário do nosso pequeno filhote. Agradeço a presença de todos e obrigada pelo amor que cada um transmite a nossa família. 








terça-feira, 6 de agosto de 2013

Resumo do ano!

Quando descobri a gravidez senti um enorme medo, um medo da reação dos meus pais, medo do futuro, medo de não saber cuidar, medo de perder tudo o que eu tinha, medo...Quando o Bruno ficou sabendo da gravidez ele me abraçou e ao nosso lado ficou, viajou e voltou, ficou com saudades. Quando eu descobri que o meu bebê seria um menino, o medo mais uma vez tomou conta de mim, será que vou saber cuidar de um menino, educar, pode parecer estranho mas eu nunca acompanhei o crescimento de um menino apenas de uma menina, no caso minha irmã. Para mim o mundo dos meninos sempre me pareceu um bicho de sete cabeças. Quando nos casamos e passamos as morar juntos e curtimos mais a gravidez (faltava um mês para o Gabriel nascer), comecei a perceber que criar um filho independente do sexo seria algo único, afinal jamais vou criar um filho como meus pais fizeram, afinal o casal entra em uma sintonia e assim, juntos, criam a sua forma de ser e passar aquilo que desejam ao filho. Quando finalmente o Gabriel nasceu, me senti completa porém com medo, ele não estava mais dentro de mim, como iria então conseguir protege-lo? Ele que era tão meu se tornou tão do mundo e me vi com um vazio na barriga e com um coração doido de saudade. O meu pequeno filhote não teve a chance de vir para os meus braços após o nascimento, três horas após o nascimento foi direto para a UTI, uma hipertensão pulmonar, o que me deixou mais arrasada ainda, me senti uma péssima mãe, tentei encontrar motivos para aquilo, me culpei muito e por vezes ainda me culpo. Mas como a vida se encaminhou de tudo, sabia que era de alguém otimista que precisava ao meu lado, estava lá ele: o papai. Se não fosse pelo otimismo e a tranquilidade que o Bruno me passava acho que não seria tudo tão calmo quanto foi. Que desafio deixar meu pequeno no hospital, no dia da alta achei que não aguentaria mas consegui, fui forte, fui para casa com o coração partido mas acordei na manhã seguinte determinada a cuidar do meu filho da forma que fosse, podia ser do outro lado do mundo, estaria ao lado dele todos os dias. Quando o Gabriel saiu do hospital no dia 18 de agosto de 2012 foi o dia mais feliz da minha vida mas me deu medo, será que eu ia dar conta de cuidar dele em casa? sem ajuda das enfermeiras? Pois foi exatamente o que fiz, dei o primeiro banho, ninei, amamentei por pouco tempo e ainda me culpo todos os dias por isso mesmo que só pra mim, sim, me sinto muito culpada por não ter amamentado, por não ter tentado o parto normal mas enfim...Quando mudamos para nossa casa, fiz questão de ensinar ao Gabriel que dormir no berço é uma delicia, porque ele dormia no carrinho até então e sempre o deixei a vontade, quando queria colo parava qualquer coisa só para dar colo e ainda faço isso, acho que amor demais é sempre o melhor. A vida com um filho não é esse mar de rosas, esse mundo colorido? não! A realidade é que vale tão a pena cada coisa que a gente vai deixando o lado ruim para lá e parando para pensar nem é tão ruim. Quando a minha licença maternidade acabou, eu sofri, sofri porque queria ficar com o bebê mas me senti aliviada de saber que tinha uma vida além da minha casa. Levar o Gabriel para a escola com certeza deu medo, medo de baterem nele, medo dele morrer, medo dele sofrer, medo dele deixar de me amar, medo de muitas coisas mas junto com a escola veio um desenvolvimento, um bebê que cresceu porém adoeceu e não foi facil...Lá fomos nós para 11 dias de hospital com pneumonia, crise asmática e suspeita de gripe suina, não foi facil, não gostamos nada e a volta para casa apesar do alivio trouxe o medo com ela, o medo dele ficar doente de novo, medo dele ter que voltar mas tudo foi se acalmando, dez dias de fisioterapia, antibioticos e enfim... Na volta a escola novamente o bebê ficou doente e eu fiquei arrasada cogitando tira-lo da escola mas o médico pediu então seis semanas em casa para o bebê se restabelecer. Então o Gabriel enfim começou a engatinhar, bater palmas, falou mama e papa, falou bobô(vovô) e completou seu primeiro ano. A vida ao lado do meu filho me trouxe muitas inseguranças, trouxe medos mas me trouxe muito amor, muito trouxe muitos ensinamentos mas creio que muito ainda esta por vir. Esperei pelo aniversário de um ano e agora começamos um novo ciclo. Ao meu filho desejo toda saúde, amor, felicidade, paz, amamos demais esse pequeno pedaço nosso e a nós mama e papa só quero cada dia mais experiencias e alegrias juntos como sempre foi.

Ps: agora ele também fala au au (cachorro)